Piastri, que liderou grande parte da corrida, terminou a prova magiar com o tempo de 1:38.01,989 horas, com Norris na segunda posição, a 2,141 segundos e o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) em terceiro, a 14,880, alcançando o 200.º pódio da carreira.
Norris partiu da ‘pole position’ mas viu-se apertado por Piastri e pelo neerlandês Max Verstappen (Red Bull) na primeira curva, descendo ao terceiro lugar.
O australiano embalou para uma liderança confortável enquanto Verstappen foi aconselhado a devolver a segunda posição a Norris por ter passado pela escapatória.
O tricampeão do mundo nunca mostrou o ritmo de outrora nesta corrida, sobretudo, segundo explicou, “porque os pneus sobreaqueciam” mal se aproximava de outro piloto à sua frente.
Se, noutros dias, a Red Bull compensou alguma falta de ritmo com uma boa estratégia, hoje isso não aconteceu e a equipa campeã mundial viu-se suplantada pela Mercedes, que fez Hamilton parar mais cedo e, com isso, ultrapassar Verstappen na luta pelo terceiro lugar.
Quando lutava novamente com Hamilton, a sete voltas do final, Verstappen falhou a travagem na primeira curva e os dois carros tocaram-se. O Reb Bull ainda voou com a traseira a uma altura de 1,5 metros antes de ir à escapatória, perdendo a quarta posição para Charles Leclerc (Ferrari).
Mas o momento chave da corrida foi a segunda ronda de paragens nas boxes. Com Piastri na liderança, confortavelmente, a McLaren fez, inexplicavelmente, para primeiro Norris, na volta 45. Quando Piastri parou, duas voltas mais tarde, perdeu a liderança para o companheiro de equipa.
Cientes do erro estratégico cometido, os engenheiros da McLaren pediram a Norris para voltar às posições iniciais. O impasse manteve-se até três voltas do final, com várias insistências pela rádio. O britânico acabou por ceder quando liderava com seis segundos de vantagem, abrandando na reta da meta.
“A equipa pediu-me para o fazer e eu fiz. O Oscar mereceu”, disse, pouco convencido, Norris, no final.
Já mais a frio, aos microfones da SportTV, o piloto britânico admitiu que foi “doloroso” ceder a vitória a Piastri.
“Se continuarmos a ceder seis ou sete pontos de cada vez, não chegamos lá (ao título de pilotos)”, atirou.
O britânico aludia aos sete pontos que deixou de conquistar por ficar no segundo lugar: “Tinha mais ritmo e seis segundos de vantagem, dói, mas a equipa fez o correto. Deitar fora seis ou sete pontos como hoje dói, vamos ter de falar mas em privado”, frisou Norris.
Norris admitiu ainda estar “mais chateado pelo mau arranque do que por ter devolvido a posição” a Piastri.
Com este triunfo, o primeiro de um piloto nascido no século XXI (nasceu em 2001), Oscar Piastri tornou-se no 115.º piloto a vencer no Mundial de Fórmula 1, o sétimo diferente a celebrar em 2024, em 13 corridas.
“É muito, muito especial. Não consigo agradecer o suficiente à equipa”, disse o australiano.
Com estes resultados, Verstappen cedeu oito pontos a Lando Norris (poderiam ter sido 15) mas mantém o comando do campeonato, com 265 pontos, mais 76 do que o britânico, que tem 189. Charles Leclerc é terceiro, com 162.
Nos construtores, a Red Bull comanda, com 389, contra os 338 da McLaren.
A próxima prova, a 14.ª, é o Grande Prémio da Bélgica e disputa-se já no próximo fim de semana, em Spa-Francorchamps.