O Boavista alcançou hoje uma vitória muito sofrida diante do Nacional, por 1-0, num jogo da 29.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, que ficou decidido aos 16 minutos com o golo do regressado Fábio Espinho.
O Boavista esteve melhor do que o Nacional no primeiro tempo, conseguiu marcar e mereceu ir em vantagem para o intervalo ante um opositor que só na segunda parte logrou incomodar a defesa e o guarda-redes Bracali, conseguindo desse modo manter o resultado em suspenso até ao apito final.
Os ‘axadrezados’ somam agora 32 pontos, subiram do 14.º para o 12.º posto e, com este triunfo, terão dado um passo decisivo rumo à manutenção, ao passo que o Nacional se mantém na zona de despromoção, em 16.º, com 27.
Com um recorde de assistência no Bessa esta época (16.302 espetadores), apoio não faltou à equipa de Lito Vidigal, num jogo que começou de forma indefinida e prosseguiu com um Boavista dominador, intenso e a impor um ritmo elevado nas transições defesa-ataque, a criar problemas defensivos ao Nacional.
A forte pressão ‘axadrezada’ – que já tinha obrigado Daniel a deter um remate de Rafael Costa – acabou por dar frutos aos 16 minutos, num bom lance construído pela dupla Mateus-Talocha à esquerda e finalizado no lado contrário por Fábio Espinho.
A verdade é que já nessa altura o Boavista vinha dando sinais de ter o adversário ao seu alcance e de poder marcar a qualquer momento, sobretudo através de ataques conduzidos pela esquerda, porta de entrada por onde os boavisteiros lançaram a maioria dos seus ataques.
O Boavista teve o 2-0 à sua mercê aos 28 minutos num contra-ataque em que Yusupha deitou tudo a perder, porque foi egoísta em vez de servir Fábio Espinho.
A primeira grande ameaça à baliza de Bracali surgiu graças a um ataque rápido aos 33 minutos, concluído com um remate de Avto para fora.
Aos 35, Hugo Miguel assinalou grande penalidade contra o Boavista e, após ouvir o videoárbitro, voltou atrás com a decisão e marcou falta com a equipa madeirense, por mão de Rochez que o árbitro pensou que teria sido de Jubal.
O Boavista entrou bem na segunda parte, Mateus forçou o guardião Daniel a uma defesa com os punhos (49), e, no minuto seguinte, Fábio Espinho cruzou, Mateus cabeceou e Daniel evitou o segundo golo com uma enorme defesa para canto.
O Nacional reagiu e, a partir daí, tomou conta do jogo, instalou-se no meio-campo defensivo do Boavista e foi à procura do empate, mas o melhor que a equipa conseguiu foram alguns livres e cantos, porque de outro modo raramente conseguiu furar a defesa adversária
Daniel voltou a mostrar serviço de qualidade, para deter um remate forte de Yusupha, mas apesar das várias ameaças o Boavista não chegou ao segundo golo e o Nacional acreditou que podia chegar ao empate, o que não aconteceu por não ter sabido materializar o seu ascendente territorial e caudal ofensivo.
C/ LUSA