“Temos de ter paciência para ter bola. Sabemos que podem vir com um bloco baixo e temos de estar precavidos e organizados. Poderemos não ter grandes ocasiões, porque defendem muito bem. Isso aconteceu contra a Itália”, começou por dizer o médio luso, de 35 anos, em conferência de imprensa.
O jogador dos ingleses do Wolverhampton reforça que os macedónios eliminaram a campeão europeia Itália (1-0 em Palermo, na quinta-feira), pelo que a “responsabilidade de Portugal é a mesma e apenas mudam os nomes”.
“Eliminaram a atual campeã da Europa. Mudam os nomes, só. Não podemos estar demasiados confiantes. Responsabilidade sempre do nosso lado, porque estes jogadores têm de estar no Campeonato do Mundo. Mas isso não chega e temos de mostrar dentro do campo”, argumentou.
Contudo, foi quase impossível Moutinho fugir à questão sobre a eliminação da Itália, que falha pela segunda vez consecutiva a presença no Mundial.
“[Vimos a eliminação] de uma forma normal. Não vamos mentir, claro que todos esperávamos que poderia ser a Itália [a passar]. O futebol mudou, todas as equipas podem ganhar entre elas e não importam os números e estatísticas. Dentro de campo, temos de mostrar que temos mais capacidade. A Macedónia passou, é extremamente forte e vai dificultar ao máximo a nossa tarefa”, alertou.
Por fim, um dos atletas mais experientes do grupo, fruto das 143 internacionalizações ‘AA’, abordou a nova tarefa no meio-campo luso, no qual atuou numa zona mais recuada na vitória frente à Turquia (3-1).
“É um posicionamento que não é estranho. Desde muito jovem que joguei em várias posições. Desde o Sporting, com o Paulo Bento, a trinco e como número 10. Não me é estranho e até gosto, porque consigo ter mais bola, organizar o jogo, definir os tempos de jogo e consigo fazer a recuperação da bola. Sinto-me bem e, felizmente, as coisas correram bem”, concluiu.
No derradeiro encontro de acesso ao Mundial2022, Portugal vai defrontar na terça-feira, novamente no Estádio do Dragão, no Porto, a Macedónia do Norte, que bateu a Itália, por 1-0, em Palermo, com o golo de Trajkovski (90+2 minutos) a deixar os campeões europeus de fora do Mundial pela segunda vez consecutiva.
Portugal procura a oitava presença em mundiais, e quinta consecutiva, depois de 1966, 1986, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018, enquanto os macedónios nunca participaram numa fase final de um Campeonato do Mundo.
Lusa