O piloto luso era quarto classificado quando começou a sentir problemas de visibilidade devido à água que se acumulava no interior da viseira do capacete, baixando, inicialmente, à sexta posição.
“Até estava a ir bem, sem grandes problemas. Troquei de mota [na segunda volta, por outra com pneus de chuva], comecei a minha corrida à chuva e sentia-me bastante competitivo”, começou por dizer Miguel Oliveira, citado pela assessoria de imprensa da RNF Aprilia.
O piloto luso explicou que, com o aumento da intensidade da chuva, sentiu-se “ainda melhor, pois a mota manejava-se bastante bem”.
“Mas três voltas antes de ter parado, comecei a sentir dificuldades para ver. Não conseguia ver nada e isso nunca me aconteceu. Nem conseguia ver onde colocar as rodas”, explicou Miguel Oliveira.
O piloto natural de Almada admitiu que “havia tanta água” que teve de dizer a si próprio para se “acalmar e não desistir”.
“Mas fiquei a meia volta de distância e a minha corrida acabou aí. O pessoal [da equipa] meteu a mota nas boxes, o que tornou as coisas complicadas para regressar [de acordo com o regulamento, ao entrar com a mota nas boxes, o piloto é considerado como desistente]”, frisou Oliveira.
No entanto, como a corrida parou logo a seguir, Oliveira recebeu autorização da direção da corrida para alinhar para a segunda partida, mas a partir da via das boxes.
“Nessa altura, a corrida já tinha terminado”, lamentou.
Miguel Oliveira terminou, assim, na 18.ª posição do GP do Japão, fora dos lugares pontuáveis (15 primeiros), tendo mantido a 13.ª posição no campeonato, com 69 pontos.
A vitória foi creditada ao espanhol Jorge Martin (Ducati), após 13 das 25 voltas previstas, que ficou a três pontos do líder do campeonato, o italiano Francesco Bagnaia (Ducati), que foi segundo.
A próxima ronda é na Indonésia, dentro de duas semanas, local onde Miguel Oliveira venceu em 2022.