Em comunicado, publicado no seu sítio oficial, o emblema ‘verde rubro’ confirmou o “pedido de arbitragem necessária pelo qual pretende a impugnação de deliberações e regulamento aprovados pela direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP)”, apresentado em 15 de maio, quanto à suspensão definitiva da II Liga, no dia 05, e, dois dias depois, ao regulamento do fundo de apoio aos clubes do segundo escalão.
O Marítimo considera que “a generalidade dos meios que noticiaram a interposição da ação limitou-se a focar em quatro” dos 149 artigos da ação, de 41 páginas, com o foco na rivalidade com o Nacional, um dos contrainteressados, a par do Farense, por terem sido apontados pela direção da LPFP como promovidos, por serem os dois primeiros classificados da II Liga à data da interrupção da competição, devido à pandemia de Covid-19.
“Resumir o âmbito e o objeto da ação aos aspetos que foram focados na imprensa é, no mínimo, redutor, para não dizer mesmo ridículo, como ridículos foram os comentários que, a partir daí, se produziram, e deliberado, porque pretende iludir o rol de ilegalidades, vícios formais e procedimentais cometidos pela Direção da LPFP, omitindo o arsenal argumentativo a que acima se alude”, refere a nota.
Além de apontar uma “deturpação dos fundamentos” e uma “tentativa de omitir e iludir a opinião pública”, o emblema madeirense garante que a ação defende a “integridade da competição, da verdade desportiva e do respeito pelos mais elementares princípios de um estado de direito”.
O comunicado maritmista diz que o Nacional e o Farense são os clubes que “potencialmente mais sofrerão com a irresponsabilidade, ousadia e arbitrariedades cometidas pela direção da LPFP” e que, se não conseguirem a subida de divisão, no qual eram os “mais próximos”, por “mérito desportivo próprio”, será uma “tragédia”.
O clube ‘verde rubro’ considera ainda “surpreendente” a indignação “por haver alguém que privilegie e pugne pelo mérito desportivo da competição, em detrimento da pura decisão administrativa e arbitrária ilegítima”, pedindo igualdade.
“Das duas uma: ou podem todos jogar à porta fechada e em segurança, ou, não podendo, então não pode ninguém”, conclui a nota.