Depois de uma primeira época em que se ficou pelos quartos de final, face a uma surpreendente eliminação perante o Ajax, sobretudo após o 1-1 fora, Ronaldo tem a segunda oportunidade para igualar o feito único do espanhol Francisco Gento, que venceu por seis vez a principal prova europeia de clubes.
Gento ganhou de 1955/56 a 1959/60 e ainda em 1965/66, sempre ao serviço do Real Madrid, pelo qual o madeirense arrebatou quatro cetros, em 2013/14, 2015/16, 2016/17 e 2017/18, após um primeiro pelo Manchester United, em 2007/08.
Verdadeira ‘lenda viva’ da ‘Champions’, o ‘capitão’ da seleção portuguesa de futebol sabe também que vencer a principal prova de clubes é quase ‘carimbar’ o ‘passaporte’ para arrebatar mais troféus individuais, que continua a perseguir, aos 34 anos.
Entre os objetivos do ‘7’ da ‘velha senhora’, estará também recuperar a ‘coroa’ dos goleadores, que perdeu na época passada para Lionel Messi (marcou seis golos, contra 12 do jogador do FC Barcelona), depois de ter sido seis vezes consecutivas o ‘rei’, uma a par do argentino e de Neymar.
No que respeita ao total de golos, Cristiano Ronaldo, que foi o melhor marcador da ‘Champions’ pela primeira vez em 2007/08, bastando-lhe então oito tentos, tem ainda uma boa vantagem sobre o argentino, cifrada em 15 golos.
Para o ‘10’ do ‘Barça’, o português só perde nos golos apontados na fase de grupos, já que soma 61, contra 66 de Messi, apesar de ser o segundo jogador com mais jogos disputados, com 83, apenas atrás dos 84 do guarda-redes espanhol Casillas.
Ronaldo tem menos golos em fases de grupos, mas ostenta o recorde numa só edição, com os 17 golos em 2013/14, registo que quase igualou em 2015/16, época em que marcou 16, e em 2017/18, na despedida do Real Madrid, ao chegar aos 15.
Uma outra marca que o português persegue é o de se tornar o jogador com mais jogos na prova, o que não poderá acontecer na presente edição, pois só pode disputar um máximo de 13 jogos e conta menos 15 (166 contra 181) do que Iker Casillas.
Ainda assim, Ronaldo poderá aproximar-se ‘perigosamente’ do guarda-redes que defendeu a baliza do FC Porto entre 2015/16 e 2018/19 e terá terminado a carreira, para, depois ultimar a ultrapassagem na temporada 2020/21.
Segundo as estatísticas da UEFA, o ‘capitão’ da seleção nacional de futebol é também o jogador na ‘Champions’ com mais assistências, ao somar 39, contra 32 de Messi, e grandes penalidades convertidas, num total de 16.
Em 2019/20, Cristiano Ronaldo entra ‘embalado’, depois do ‘póquer’ conseguido ao serviço de Portugal, para aumentar o seu saldo para 93 ao serviço da seleção das ‘quinas’ e superar os 700 na carreira, na sua 18.ª temporada como profissional, sendo que também faturou nos últimos três jogos na ‘Champions’.
No que terá sido o seu jogo mais ‘mediático’ ao serviço da Juventus, o jogador português conseguiu um ‘hat-trick’ na receção ao Atlético Madrid, com tentos aos 27, 49 e 86 minutos, o último de penálti, virando o ‘perigoso’ 0-2 da primeira mão.
Depois, nos quartos de final, o ‘7’ também deixou a sua marca na eliminatória com o Ajax, ao inaugurar o marcador nos dois jogos, aos 45 minutos do jogo de Amesterdão (1-1) e aos 28 do embate realizado em Turim (1-2).
Ainda assim, estes dois tentos de nada serviram, já que, em Itália, os holandeses conseguiram dar a volta ao resultado, com tentos de Donny van de Beek, aos 34, e Matthijs De Ligt, entretanto transferido para a ‘Juve’, aos 67.
O 167.º encontro de Ronaldo na Liga dos Campeões está marcado para quarta-feira, no Estádio Wanda Metropolitano, o que significará um novo regresso a Madrid, desta vez para um embate de gerações com o compatriota João Félix, a nova ‘coqueluche’ do Atlético de Madrid, a troco de 126 milhões de euros.
C/ LUSA