A viagem do técnico foi esclarecida no seu sítio oficial, no qual revelou que o cancelamento de “inúmeros” voos para a Madeira, além de constantes listas de espera, impossibilitou a chegada à ilha na data inicialmente prevista de 16 de abril, o que levou à marcação de um teste ao coronavírus antes de um voo privado.
“Os voos do Porto cancelados e de Lisboa passaram a dois ou três por semana. Disseram-me que só poderia voar a 02 de maio. Para atenuar a minha ausência, e sabendo que tinha de cumprir quarentena na Madeira, vim num voo privado, pago por mim e viajei com máscara e luvas. Igualmente por minha iniciativa, paguei o teste ao Covid-19, cujo resultado foi negativo, que reencaminhei para o médico do Marítimo e que, depois, fez chegar às entidades competentes da Madeira”, explicou José Gomes.
A iniciativa do treinador, que se encontrava com a família em Matosinhos, tem em vista o regresso “agendado para breve” aos trabalhos do Marítimo, que garante “não ter culpa nenhuma”, tal como ele próprio.
“José Gomes reforçou ainda a intenção de viajar apenas depois de conhecer o resultado do teste, assegurando desta forma o seu bom estado de saúde e em nenhum momento correr qualquer risco de prejudicar o excelente trabalho do Governo Regional, da Direcção Regional de Saúde e do esforço de todos os madeirenses”, acrescentou a assessoria do técnico.
A norma de quem viaja para a ilha é de cumprir quarentena numa unidade hoteleira, mas José Gomes seguiu para o seu domicílio pessoal, algo que o secretário regional da Saúde da Madeira, Pedro Ramos, clarificou hoje.
“A razão é que todos aqueles que tenham um documento com características ou com razões sanitárias podem fazer o confinamento no seu domicílio. É essa a situação do treinador do Marítimo. Foi essa a decisão da autoridade regional de saúde e do delegado de saúde presente no local. Está tudo correto”, respondeu, em videoconferência.
O Marítimo ocupa a 15.ª posição da I Liga, ainda com 10 jornadas por disputar, com 24 pontos.
Portugal contabiliza 928 mortos associados à Covid-19 em 24.027 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 25 mortos (+2,8%) e mais 163 casos de infeção (+0,7%).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou cerca de 209 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
C/Lusa