Jorge Jesus não se poupou nas críticas à arbitragem de Nuno Almeida na final da Taça de Portugal entre SC Braga e Benfica, que culminou com a vitória dos bracarenses por 2-0.
«Não era assim que queríamos terminar a época mas não conseguimos disputar tanto o jogo como queríamos e éramos capazes. O lance do Helton, o árbitro em campo até podia não ter analisado bem, mas há VAR. Eu já vi várias vezes o lance, de vários ângulos, e não há motivo para expulsão, não há toque no Abel Ruiz, nada! Fez-se bem àquela jogada mas o VAR tinha obrigação de ver, para além de que a bola está a sair da direção da baliza!
– Uma final da Taça é um jogo muito importante e nos últimos anos escolhem para as finais os árbitros que vão acabar a carreira ou que poderão fazê-lo. Isto tem de acabar, arbitrar um jogo destes não pode ser um prémio, tem de se escolher o melhor árbitro. Estamos a brincar ou quê?», questionou, visivelmente irritado.
Já Carlos Carvalhal estava feliz: Eu vou dizer-lhe que hoje tive um dia muito difícil, comecei a palestra com os meus jogadores a dizer que estava todo borrado hoje de manhã, porque o meu pai foi hoje operado de manhã. Isto era a situação que mais me estava a incomodar hoje, foi operado por um amigo meu. Quando soube que tinha corrido tudo bem, foi uma alegria tremenda. Fui falar com os meus jogadores com uma disponibilidade tremenda. É um jogo de futebol, vamos ter de jogar com alegria, com foco e vamos ganhar. Os jogadores tiveram um futebol de grande nível. Fomos um justo vencedor desta Taça de Portugal. Eu sou de Braga. Vivi sempre perto do novo estádio. A minha família toda é bracarense, em minha casa a minha mulher, os meus filhos, estavam todos a sofrer em casa com a camisola. Os meus amigos de infância estão orgulhosos. Nada se vai comparar a isto", começou por referir.Questionado sobre a expulsão de Helton Leite, Carvalhal não quis comentar. "Eu não falo do lance. Não vi o lance. Não o fiz durante toda a época. Joguei com 10 na Luz, com 10 no Dragão para chegar aqui e custou-nos muito também. No final não fiz qualquer tipo de comentário", disse.
Carlos Carvalhal pediu ainda desculpa pela confusão final. "Não gosto que o meu banco fale para o árbitro e para o banco adversário. Peço desculpa por aquilo que aconteceu porque eu sou responsável pelo banco. São situações que vamos tentar melhorar", salientou.