Derrotados por 3-1 na primeira mão, os vimaranenses viram a ‘esperança’ crescer ao minuto 05, com o golo ‘vistoso’ de Anderson, e foram superiores no resto do desafio, apesar dos problemas de definição no ataque e da ineficácia.
Mesmo vitoriosos, os portugueses foram eliminados e os croatas vão defrontar o Villarreal no ‘play-off’ de acesso à fase de grupos, com Marco Livaja, avançado do Hajduk Split, a desencadear uma série de desacatos entre jogadores que se alastraram às bancadas após o apito final.
O treinador Moreno entregou pela primeira vez a titularidade a Matheus Índio, a Antoñín Cortés e a Anderson desde que estão em Guimarães, devolveu Abdul Mumin e Ogawa ao quarteto defensivo, e o Vitória ‘assinou’ 20 minutos iniciais com ritmo veloz e circulação de bola fluida que ‘encostaram’ os croatas à sua área.
A equipa portuguesa foi também eficaz, marcando no primeiro remate à baliza, num lance vistoso de Anderson: servido por Ogawa, o avançado dominou de costas para a baliza e, à meia-volta, rematou forte e colocado, ao ângulo superior direito, com o guarda-redes Lovre Kalinic a tocar ainda na bola.
Os vitorianos lançaram-se então para igualar a eliminatória, rubricando vários cruzamentos e passes atrasados sem sequência, antes de se deparar com o primeiro ‘susto’ ao minuto 23, quando David Colina se isolou e o ‘chapéu’ saiu ligeiramente por cima da baliza lusa.
Substituto de Stipe Biuk em relação ao duelo da primeira mão, o extremo croata ameaçou de novo num cabeceamento por cima, aos 28 minutos, e abalou o até então inquestionável domínio vimaranense, deslocando o ‘centro de gravidade’ do encontro para o ‘miolo’ do terreno e até para o meio-campo contrário.
Os portugueses ficaram, contudo, a centímetros do segundo golo ao minuto 35, quando Anderson, servido por Abdul Mumin, falhou por centímetros o desvio final de cabeça, antes de a partida entrar numa fase mais quezilenta até ao intervalo, com cinco amarelos distribuídos nos 10 minutos finais.
Os comandados de Moreno recuperaram a sua versão inicial com o reatamento do jogo, avançaram no terreno e levaram de novo calafrios às redes de Lovre Kalinic, num remate às malhas laterais de Anderson, ao minuto 54, e num cabeceamento ao lado de Matheus Índio, aos 55.
Apesar de ‘mandar’ na segunda parte, o Vitória começou a perder discernimento no ataque, com os erros no passe e no cruzamento a sucederem-se com mais frequência até ao momento em que se viu reduzido a 10 jogadores, por falta Tiago Silva sobre Krovinovic, que valeu ao médio português o segundo cartão amarelo.
Em inferioridade numérica, os vimaranenses continuaram a tentar o golo do prolongamento e estiveram perto dele por Jota Silva, ao 85 minuto, e num corte a rasar o poste, já nos descontos, fase em que o duelo já estava muito tenso.
A tensão esteve sempre em campo, com várias polémicas entre jogadores, lançamento de tochas por parte dos adeptos do Hajduk Split e lançamento de cadeiras por parte dos vitorianos, junto a uma das marcas de pontapé de canto, já nos descontos.
Os problemas ‘escalaram’ depois do apito final, com uma série de quezílias entre jogadores de ambas as equipas que ‘incendiou’ o ambiente nas bancadas, registando-se gestos obscenos de membros da equipa técnica e dos dirigentes croatas para a bancada poente do estádio e mais lançamentos de cadeiras para o relvado.