Francisco Abreu, juntamente com o seu colega de equipa Manuel Gião, tem vindo a ser um dos principais contendores da temporada de 2016 do Campeonato Nacional de Velocidade de Turismo, estando na luta pelo ceptro deste ano. Após uma temporada difícil e quando falta apenas uma ronda para terminar a temporada, o piloto está determinado para revalidar o título.
– Em Jerez de la Frontera garantiste a tua primeira vitória da temporada, depois de um processo de adaptação quer dos pilotos, quer da equipa ao VW Golf TCR. Consideras que esta vitória marcou o fim desse período e que agora toda a equipa está pronta para se bater pelo triunfo do Campeonato?
Francisco Abreu: “Para dizer a verdade, na etapa do Algarve já tínhamos demonstrado um andamento muito forte. O nosso VW Golf TCR estava muito competitivo e só um problema no diferencial e uma decisão incompreensível dos Comissários Desportivos nos impediram de materializar o nosso ritmo em bons resultados.
Em Jerez continuámos com esse elevado nível competitivo e a nossa vitória surgiu com naturalidade, o que demonstra que estamos no bom caminho.
Penso que todos nós – eu, o Manuel e o Team Novadriver – viemos a evoluir gradualmente e alcançámos estágio que nos permite estar na luta pelas vitórias em qualquer pista e, claro, vamos para o Estoril com o intuito de conquistar o título deste ano.”
– A prova do Algarve foi a mais complicada da temporada, até agora, com diversas contrariedades. Podes explicar o que aconteceu e de que forma isso se reflectiu na vossa campanha?
Francisco Abreu: “Estávamos muito competitivos no Autódromo Internacional do Algarve e estaríamos seguramente na luta pelas vitórias. No entanto, logo na primeira corrida tivemos um problema no diferencial que nos impediu de garantir um bom resultado e de alinhar para a segunda prova. Ou seja, quando poderíamos ter marcado com facilidade cerca de quarenta pontos, ficámos apenas com seis.
Para além disso, na terceira corrida deveríamos ter alinhado na segunda posição da grelha de partida, mas inexplicavelmente, os Comissários Desportivos obrigaram-nos a arrancar de último.
Foi um fim-de-semana em que tínhamos um ritmo muito forte, mas por um motivo ou por outro não conseguimos garantir os resultados que merecíamos e perdemos muitos pontos.”
– Estamos a uma ronda do final da temporada e estão cinco equipas na luta pelo título, sendo uma delas a composta por ti e Manuel Gião. Tu és o Campeão em título, consideras que experiencia da luta pelo ceptro do ano passado poderá ser importante para abordares a prova decisiva?
Francisco Abreu: “Penso que a experiência de ter lutado por um título e conquistado o ceptro é sempre uma mais-valia, uma vez que passamos por um conjunto de situações e de uma pressão pela qual já passámos. Porém, uma vez em pista penso que todos daremos o máximo para alcançar os objectivos que perseguimos – sagrar-nos Campeões Nacionais de Velocidade de Turismo – e sabemos que os nossos adversários são muito fortes e experientes.”
– Estás na luta pelo título e vais para a ronda da temporada, que se disputa no Estoril, com possibilidades de garantir o Bicampeonato. No entanto, consideras que a última ronda será determinante para a forma como farás o balanço da temporada?
Francisco Abreu: “Sejamos claros, eu, o Manuel e o Team Novadriver vamos para o último fim-de-semana apenas com um objectivo – ganharmos o Campeonato Nacional de Velocidade de Turismo. No entanto, foi uma temporada complicada e cheia de novidades para nós, durante a qual evidenciámos uma evolução extraordinária, inclusivamente, eu que nunca tinha competido com um carro de tracção dianteira. Foi uma temporada muito rica a muitos níveis: cresci muito enquanto piloto, novas experiências que me deixaram mais forte, trabalhei muito bem com a equipa e com o Manuel que é um piloto experiente e muito rápido. Portanto, temos muitos aspectos positivos para retirar desta temporada, mas vamos para o Estoril para conquistarmos o título.”