Em 08 de julho, a LFPF decidiu retirar cinco alterações ao regulamento disciplinar das competições que organiza, e que tinham sido alvo de dúvidas por parte do Conselho de Disciplina da FPF.
De acordo com a nota divulgada hoje no sítio oficial na Internet da federação, a proposta do novo regulamento, “expurgada de cinco artigos disciplinares” na última assembleia-geral da Liga de clubes, “colheu o voto favorável de 50 delegados e 11 abstenções”, não se registando qualquer voto contra.
Por sua vez, a LPFP, através de um comunicado, “reforçou o sentido da decisão das sociedades desportivas, validando um documento central no âmbito das competições profissionais de futebol numa temporada já em curso", deixando claro que "não deixará de revisitar o espírito e os objetivos inerentes à redação dos artigos agora formalmente excluídos da redação final do Regulamento”.
Este organismo, assim como as restantes sociedades desportivas, “mantêm uma visão crítica quanto ao processo que conduziu à necessidade de reavaliar a proposta inicialmente apresentada”, pelo que “reafirmam a inalienabilidade das suas obrigações e liberdades, pautando a sua atuação no quadro do mais elevado respeito pelas instituições”.
Na reunião de 08 de julho, estiveram reunidas em assembleia-geral, na sede da LPFP, no Porto, as sociedades desportivas que tomaram aquela decisão por unanimidade, explicando-a com “o superior interesse do futebol português”, embora garantindo que não abdicam do direito “de se autorregularem”.
“As sociedades desportivas, por unanimidade, deliberaram não submeter a retificação das alterações aos artigos 150, 225, 259, 261 e 276. Vão manter-se com a redação anterior. Em circunstância alguma, as sociedades abdicam do poder e dever de se autorregularem no âmbito das competições profissionais”, disse, então, Mário Costa, presidente da mesa da assembleia-geral da LPFP, em nome dos clubes.
Apesar daquele ‘recuo’ perante as dúvidas levantadas pela FPF, Rui Caeiro, diretor executivo do Liga, assumiu que estaria a ser ponderado a “inclusão destas propostas [de alteração] no próximo ciclo de revisão regulamentar”, lembrando que o processo que levou a retificação do regulamento disciplinar, aprovado pela LFPF em 07 de junho, foi “estruturado, muito maturado e inclusivo, reflexo de um longo debate interno e externo”.
Lusa