Em comunicado, a PSP adianta a delegação pretende dar sequência “ao intenso e estreito trabalho de apoio às autoridades qataris” concretizado pela PSP, especialmente nos últimos dois anos.
A delegação policial é liderada pelo Superintendente João Carlos Filipe Ribeiro, diretor do Departamento de Informações Policiais da PSP, e é composta por oito operacionais, dos quais seis polícias da PSP e dois militares da GNR.
O modelo de cooperação assentará em duas dimensões, uma das quais através da presença de polícias no Centro de Cooperação Policial Internacional (CCPI), para o desempenho de funções relacionadas com a inteligência policial e a troca de informações desportivas.
Assenta igualmente, segundo a PSP, “numa perspetiva de terreno, através do empenhamento de polícias com funções de ‘spotting’, traduzindo-se na ligação direta com os adeptos, criando a ponte entre as autoridades locais e os adeptos portugueses bem como prestação de a assessoria aos comandantes de policiamento qataris”.
De acordo com a PSP, a presença no CCPI é assegurada por polícias especializados na cooperação policial internacional, designadamente o Coordenador do Ponto Nacional de Informações sobre Desporto (PNID) e um analista de informações desportivas.
A PSP diz que são esperados cerca de 1.000, 1.700 e 1.300 adeptos portugueses nos jogos com o Gana, Uruguai e Coreia do Sul, respetivamente.
Na nota, a PSP esclarece também que a equipa de ‘spotters’ portugueses irá promover o contacto direto com as forças de segurança nos locais onde a Seleção Nacional disputar as partidas, auxiliando no policiamento e promovendo a comunicação entre os adeptos portugueses e as autoridades.
“Paralelamente, a delegação policial manterá um contacto constante com a Federação Portuguesa de Futebol e com a Embaixada Portuguesa em Doha, na procura e garantia de resposta e apoio às solicitações dos adeptos portugueses”, é indicado na nota.
A PSP lembra que desde 2004, data em que o Europeu de Futebol UEFA foi realizado em Portugal, que ”este procedimento é uma realidade, numa estratégia de cooperação internacional e de apoio às autoridades do(s) país(es) que acolhem o evento, mitigando o risco de episódios de violência associada ao fenómeno desportivo e garantindo, simultaneamente, de forma proativa uma abordagem apoio e hospitalidade aos adeptos nacionais que se deslocam para assistirem aos eventos desportivos”.