O GBA (Grupo Basket do Atlântico) deu o mote e de forma pública manifestou o seu desagrado.
Numa publicação intitulada “Basquetebol na Madeira: a mentira continua”, o presidente do clube salienta que “o basquetebol regional vive mais uma situação infeliz”
Ruben Castanha fala em golpe em ano de eleições.
Ainda segundo Ruben Castanha: “Num ano de eleições para os corpos sociais da Associação, aparecem 7 novos clubes (!!!) o que não sendo normal, até é aceitável. O que já não é normal e as fotos em anexo comprovam, é o aparecimento de 7 clubes num espaço de 2 meses sensivelmente, e num final de época. No passado mês de abril, mais precisamente no dia 12, os Clubes (eram 22) foram convocados para uma Assembleia Geral (AG) para aprovação do relatório e contas da ABM. Já no presente mês, os Clubes voltaram a ser convocados para a AG em que se realizará as eleições, e qual não é o meu espanto ao constatar que na AG do mês de Junho já podem votar 29 Clubes”.
O presidente do GBA vai mais longe e assegura que há clubes que não competem e nem praticam a modalidade, mas votam: “Como se já não bastasse poderem votar clubes que ninguém vê a competir, apareceram 7 novos clubes, onde a maioria tem como modalidade preferencial o futebol, e que terão a oportunidade de decidir o futuro do basquetebol regional nos próximos 4 anos, sem conhecer nada da modalidade. Estará o basquetebol regional entregue à bicharada? Onde anda a ética das pessoas? Depois de uma mudança de estatutos "habilidosa", depois de uma só pessoa ser o representante de vários clubes de diversas localidades da RAM, vamos consentir mais uma manobra de bastidores?”
O presidente do GBA a finalizar e em forma de desafio disse: “Deixo estas perguntas aos outros Clubes…”
Dúvidas dos clubes que de forma pública ou em surdina têm causado polemica e mal estar.
O presidente da Assembleia Geral, Francisco Fernandes, reagiu e decidiu adiar as eleições e convocar uma Assembleia Geral Extraordinária para ouvir os clubes face ao que se se tem passado nos bastidores do basquetebol. A decisão foi passada aos clubes num comunicado a que a RTP teve acesso:
“Tendo surgido dúvidas quanto à interpretação dos Estatutos da ABM relativamente ao direito de voto de clubes recém-admitidos, bem como a necessidade de definição de diversos procedimentos inerentes ao processo eleitoral, por inexistência de um Regulamento Eleitoral, considero ser necessário e vantajoso ouvir os clubes associados, pelo que decidi suspender o processo eleitoral em curso, até à realização de uma Assembleia Geral Extraordinária, a convocar o mais brevemente possível, que tomará as decisões que entender sobre estas matérias”
São duas as listas candidatas às eleições. Uma liderada pela atual presidente Sandra Rebolo e outra liderada pelo ex-diretor técnico da Associação Luís Saldanha.
As eleições da Associação de Basquetebol voltam a estar envoltas em polémica e com os clubes, mais uma vez, a demostrar descontentamento por situações que consideram “estranhas” e que acontecem em tempos de eleições.