“Estava escrito que tinha de ser desta maneira. Sonhei que me retirava desta forma, na Copa América, chegando à final e ganhando-a”, afirmou Di Maria, no final do encontro disputado no Hard Rock Stadium, em Miami Gardens, na Florida.
O jogador que alinhou em 2023/24 no Benfica, e pode voltar aos ‘encarnados’ em 2024/25, estava sem grandes palavras – “nem sei o que dizer” -, mas reconhecer estar a viver “grandes sensações”.
A Argentina conquistou a sua 16.ª Copa América, e segunda consecutiva, depois da que Di María ‘patrocinou’ em 2021 (marcou o golo da final com o Brasil, em pleno Maracanã), ao bater a Colômbia com um tento de Lautaro Martínez, aos 112 minutos.
“Estou eternamente agradecido a esta geração, que me ajudou a conseguir tudo o que sonhei durante muitos anos”, frisou Di María, lembrando as sucessivas derrotas que teve de enfrentar até à primeira conquista, em 2021.
Por isso, o extremo natural de Rosário foi claro: “Parece fácil, mas é muito difícil. Eu sei o que estou a dizer, porque já ‘vivi’ do outro lado. Não é fácil e chegar a finais e ganhar”.
“Alguma vez tinha de dar”, prosseguiu o jogador que o Benfica descobriu no Rosário Central em 2007, recrutando-se para a primeira experiência na Europa, acrescentando, porém, que estas conquistas podiam ter aparecido mais cedo.
Di Maria, que viveu muitas dessas frustrações ao lado de Lionel Messi e do também benfiquista Otamendi, é da opinião que as anteriores gerações já podiam ter feito história: “Merecíamos ter ganhado antes”.
No dia do adeus, Di María, que saiu aos 117 minutos, cedendo o lugar a Otamendi, também recordou o amigo Messi, companheiro de muitas aventuras.
“Ele teve de sair lesionado, mas pudemos ganhar e dar-lhe uma alegria”, disse o futebolista argentina, rematando: “Foi um triunfo redondo”.
Di María despediu-se da seleção após 145 jogos (igualou Javier Zanetti no terceiro lugar, apenas atrás de Messi e Javier Mascherano) e 31 golos (sexto), e as vitórias na Copa América de 2021 e 2024, do Mundial de 2022 e da Finalíssima de 2022.
Lusa