No site oficial da prova, em comunicado, a organização explicou que, numa fase inicial, tentou adiar a prova mais para o final do ano, mas tal não foi possível, devido à “imprevisibilidade” da situação ligada ao novo Coronavírus.
“Por mais que tentemos, não é possível organizar a maratona. Prazer, alegria, saúde e sucesso são elementos que caracterizam a maratona de Berlim e isso é algo que infelizmente não vamos poder garantir que aconteça”, acrescentaram os organizadores.
Já era sabido que realização da competição na data de 27 de setembro seria impossível, visto que, na Alemanha, todos os eventos com mais de 5.000 pessoas estão proibidos até 24 de outubro, por causa da Covid-19. Normalmente, a maratona germânica junta cerca de 40 mil participantes.
Desde 2003, os últimos sete recordes mundiais foram alcançados precisamente na capital alemã. A melhor marca atual pertence ao queniano Eliud Kipchoge, com 2:01.39 horas, obtida em 2018.
O cancelamento de Berlim acontece poucas horas depois de também a maratona de Nova Iorque ser retirada do calendário de 2020, igualmente por causa da pandemia.
Disputada pela primeira vez em 1970, a maratona de Nova Iorque só por uma vez tinha sido cancelada, em 2012, devido à passagem do furacão Sandy. Na altura, a corrida foi cancelada apenas dois dias antes da data agendada.
Os festejos da 50.ª edição da competição ficam assim adiados para 2021, estando, para já, agendada para 07 de novembro.
Das seis principais maratonas do calendário, a de Boston (20 de abril e depois 14 de setembro) foi também cancelada. Em agenda continuam a prova de Londres (04 de outubro) e a de Chicago (11 de outubro).
A maratona de Tóquio ainda se realizou, em 01 de março, e foi vencida por Birhanu Legese, da Etiópia, na prova masculina, e Lonah Salpeter, do Quénia, na prova feminina.
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, suspensas, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América – ou mesmo canceladas.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 477 mil mortos e infetou mais de 9,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.