“Concordo com a opinião do presidente [Carlos Pereira], porque o Estádio do Marítimo é o mais recente em Portugal e é aí que a equipa deve jogar. Reúne todas as condições para que os jogos aqui se realizem. [A Madeira] Oferece condições hoteleiras de qualidade e o transporte aéreo também não oferece qualquer problema, segundo a opinião de pessoas habilitadas”, salientou Rui Marote, Presidente da associação, à Rádio Renascença.
As dúvidas continuam, numa semana que começou com a revelação do parecer técnico da Direção-Geral da Saúde (DGS), no qual assinalou que “as competições devem ser realizadas no menor número possível de estádios”, e que viu, na terça-feira, a outra equipa insular da I Liga, o Santa Clara, anunciar que irá realizar as partidas ‘caseiras’ na Cidade do Futebol, em Oeiras, que vai servir de centro de estágio do clube açoriano até ao fim da época.
Rui Marote considera que o emblema madeirense irá ficar em desvantagem caso seja obrigado a jogar em Portugal continental, apontando o aspeto emocional dos jogadores, que já havia sido abordado por José Gomes, treinador do Marítimo.
“Caso [o Marítimo] não jogue os seus jogos caseiros na Madeira, existirá uma desigualdade grande. Os jogadores das outras equipas fazem os seus jogos e regressam a casa, enquanto que os do Marítimo terão de estar praticamente dois meses sem ver as respetivas famílias. Isso é uma desvantagem, até a nível psicológico. Percebo que esta é uma situação excecional, mas, dentro dum processo difícil, deve tentar-se ter o mínimo de igualdade”, referiu.
O Presidente da AF Madeira deixou também elogios ao trabalho desempenhado pelo Governo, Federação Portuguesa de Futebol e Liga de Futebol.
“As entidades têm feito o melhor para que esta situação seja resolvida. O futebol tem até sido um exemplo em relação a outras modalidades quando, no início de março, formou um Comité de Emergência que tomou medidas rápidas e assertivas”, disse Rui Marote.