Logo a seguir, questionado sobre a polémica com a Champions e a frase de Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu coerência e defendeu que “não é possível dizer que [os adeptos] vêm em bolha” e isso não acontecer.
Não se pode confundir, disse António Costa, os 12.000 adeptos dos clubes, número acordado com a UEFA, “com os turistas que vêm” a Portugal, incluindo do Reino Unido, porque “são situações distintas”.
“Quando foram fixadas as regras ainda não estavam abertas as fronteiras”, Portugal "não estava na lista verde do Reino Unido”, e o que foi acordado é que os 12 mil adeptos viajariam “em bolha”, acrescentou.
E segundo os números do primeiro-ministro, “9.000 pessoas, 80% vieram nessas condições”, havendo mais de 2.000 fora dessas condições.
António Costa recusa apontar responsáveis e falhas entre quem, dentro do Governo, não previu a eventualidade da ida de muitos turistas britânicos durante o fim de semana da final da Champions.
“Não podemos querer turistas e depois dizer que não gostamos dos turistas”, afirmou ainda, para acrescentar que seja quem for que entre no país “tem de praticar as regras em vigor” a cada momento.
E a polícia “geriu da forma que entendeu tecnicamente” a situação, tem “privilegiado sempre a prática pedagógica” e menos pela força.
O Presidente da República pediu no sábado coerência, referindo-se à presença de adeptos ingleses em Portugal para a final da Liga dos Campeões, e defendeu que "não é possível dizer que vêm em bolha" e isso não acontecer.
Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou a necessidade de "um discurso que as pessoas percebam".
A final da Liga dos Campeões, entre Manchester City e Chelsea, decorreu no Porto, no sábado, num jogo com a presença de adeptos ingleses, que durante os últimos dias estiveram aglomerados no centro da cidade, a maioria sem cumprir as regras ditadas pela pandemia de Covid-19, como o uso de máscara e o distanciamento físico.