O atual presidente do Marítimo, Carlos Pereira, formalizou hoje a sua recandidatura, tendo entregue a lista nos serviços do clube madeirense, realçando que o trabalho que tem sido feito “é merecedor de elogios, até da lista contrária”.
“O trabalho que por nós foi desenvolvido é de facto merecedor de elogios até da lista contrária. Esta direção com experiência empresarial e de direção desportiva vai com certeza continuar com um bom rumo para o Marítimo”, adiantou Carlos Pereira, presidente do clube ‘verde rubro’ há 24 anos.
O líder madeirense, que assumiu a presidência do Marítimo em 1997, garantiu que “não vale a pena pensar em enganar os sócios ao falar de fundos sem saber do que fala”, referindo-se ao seu opositor e antigo presidente da instituição ‘verde rubra’, Rui Fontes.
“Falar de fundos que provavelmente possam ser criados quando sabemos que os fundos são regulados pela CMVM [Comissão do Mercado de Valores Mobiliários] e que não é qualquer pessoa que pode criar fundos, muito menos aqueles que perante a banca não têm nenhuma credibilidade, mais difícil se torna”, frisou sublinhando que “os fundos têm custos elevadíssimos” que o Marítimo virá a pagar “num futuro rápido”.
Segundo Carlos Pereira, o Marítimo “tem hoje capacidade e credibilidade junto da banca para se financiar”.
O atual presidente maritimista tem pela primeira vez oposição. Rui Fontes comandou o Marítimo entre 1988 e 1997, tendo sido substituído por Carlos Pereira que exerce o cargo desde então.
O líder dos ‘leões’ da Madeira continuou a criticar o oponente, evidenciando o facto do mesmo “dizer que não conhece as contas”.
“É lamentável que alguém que se candidate a uma instituição da grandeza do Marítimo dizer que ninguém conhece, quando sabe que todos os anos as contas são aprovadas, depois de auditadas e, são fiscalizadas pela Secretaria Regional do Plano [e Finanças], pela Secretaria Regional da Educação, pelo revisor oficial de contas e pelas Assembleias Gerais, mas é normal que isso seja dito, é normal porque há 24 anos que não vejo esse candidato numa Assembleia Geral”, afirmou, enfatizando que Rui Fontes “há mais de 10 anos que não paga as cotas”.
A lista apresentada pelo presidente dos ‘leões do Almirante Reis’, garantiu, vai continuar a fazer aquilo que sempre fez até hoje, “não vai ser remunerada”.
“Saber se vão ou não ser remunerados, porque ninguém vai deixar o seu trabalho para não ser remunerado e, afirmar taxativamente que não vamos ser remunerados, vamos fazer aquilo que sempre fizemos até hoje”, destacou.
O Marítimo tem 1.730 votantes, até à data.
Miguel Sousa, atual presidente da Assembleia Geral do clube insular, também confirmou a sua recandidatura.
“Sou recandidato a presidente da Assembleia Geral do Marítimo e, nessa qualidade e nessa função, a mesa decidiu criar uma comissão eleitoral que vai acompanhar no fundo as eleições, a contagem dos votos e apurar resultados”, salientou, informando que a comissão será presidida pelo juiz Sílvio Sousa e que terá como duas vogais Tranquada Gomes e Luís Nuno Olim.
As eleições que acontecem em 22 de outubro, desde as 09:00 às 21:00, no Estádio do Barreiros, vão contar com “três ou quatro urnas para garantir a fluidez e o espaço necessário para que em segurança possam votar”.