Já existe acordo com os jogadores e com a equipa técnica do plantel principal, evitando o cenário de ‘lay-off’, e que começou em março, tendo havido um corte de 20% no rendimento. Se a I Liga voltar, os jogadores irão receber as verbas que lhes forem cortadas.
Ainda em relação ao regresso do campeonato, o dirigente do emblema insular considera os cenários avançados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) como meros “palpites”, não ficando contente em vir a disputar as dez jornadas restantes em Portugal continental.
“O campeonato não será na Madeira. Será no Porto, em Lisboa ou no Algarve. Se andarmos para lá e para cá, são logo 28 dias de quarentena. Como é que nós jogamos? O que a Liga está a fazer é montar cenários, mas o único cenário que pode ser válido é o que a Direção Geral da Saúde pode emanar. O levantamento do estado de emergência e o regresso ao trabalho. Só eles é que podem”, comentou.
A pandemia da Covid-19 é motivo de preocupação em vários aspetos para Carlos Pereira, que, mesmo assim, tem confiança que o problema poderá ser ultrapassado.
“Esta pandemia está a preocupar-me enquanto cidadão com saúde, está a preocupar-me enquanto cidadão com responsabilidade no desporto, está a preocupar-me muito também na parte empresarial. O que está a acontecer é um desastre, mas esperamos sobreviver a este ‘tsunami’ e ultrapassá-lo, porque, se tivermos saúde, vamos recuperar tudo”, afirmou.
Um dos pontos mais fortes que o novo Coronavírus afetou foi a nível financeiro e o presidente maritimista deu a sua opinião em como as pessoas devem reagir.
“O prejuízo é sempre preocupante em qualquer circunstância. Ninguém trabalha para ter prejuízos, mas sim para obter lucros. Há prejuízos que aparecem inesperadamente e que nós temos de estar preparados para eles. Não estando preparados, temos de nos adaptar”, considerou.
O novo Coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil. Dos casos de infeção, mais de 312 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 409 mortes e 13.956 casos de infeções confirmadas. Dos infetados, 1.173 estão internados, 241 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 205 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado no dia 02 de abril na Assembleia da República.
C/Lusa