Segundo fontes da RFEF e outras próximas das jogadoras, citadas hoje pelos meios de comunicação social espanhóis, 41 futebolistas, entre elas, as 23 que conquistaram o título de campeãs do mundo no mundial deste ano, comunicaram à federação que mantêm a recusa em voltar à seleção nacional.
A decisão das futebolistas é conhecida horas antes de a nova selecionadora feminina de Espanha, Montse Tomé, anunciar o nome das convocadas para os jogos da Liga das Nações, contra a Suécia e a Suíça, nos próximos dias 22 e 26 de setembro, respetivamente.
Espanha ganhou o mundial de futebol que este ano se realizou na Nova Zelândia e na Austrália e cuja final ficou marcada pelo beijo na boca que o então presidente da RFEF, Luis Rubiales, deu à jogadora Jenni Hermoso, durante as celebrações da vitória no estádio de Sydney.
Jeni Hermoso disse que o beijo não foi consentido, ao contrário do que afirma Rubiales.
O comportamento de Rubiales valeu-lhe a abertura de processos disciplinares pelo Tribunal Administrativo do Desporto de Espanha e por parte da FIFA, que o suspendeu do cargo durante 90 dias.
A jogadora apresentou, por seu turno, uma queixa na justiça por agressão sexual de Rubiales, que inicialmente recusou demitir-se, mas que acabou por se demitir do cargo.
Rubiales é hoje ouvido por um juiz, em Madrid.
Logo nos dias posteriores à final do mundial, mais de 80 futebolistas espanholas divulgaram um comunicado de solidariedade com Jenni Hermoso e anunciaram que recusavam jogar na seleção nacional de Espanha se não houvesse mudanças na federação.
Além da saída de Rubiales, a federação demitiu o treinador da seleção feminina, Jorge Vilda, e substituiu-o por Montsé Tomé, que era a ‘número dois’ do selecionador.
Segundo as notícias divulgadas hoje, 41 futebolistas consideram as mudanças insuficientes e mantêm a recusa em integrar a seleção espanhola.