Manuel Passos nasceu em Machico em 1922 e começou a jogar Futebol no Lusitânia de Machico, onde deu logo nas vistas, sendo recrutado pelo União da Madeira, clube onde principiou pela 2ª categoria, mas depressa chegou à equipa principal.
Viajou para o continente muito jovem, perseguindo o sonho de ser futebolista e arranjou um emprego na CUF (Companhia União Fabril), mas foi nos Unidos de Lisboa, que se começou a evidenciar, primeiro na posição de interior e depois como um defesa pujante, voluntarioso e com um enorme sentido posicional, chegando a entrar nos planos do seleccionador nacional da altura, Cândido de Oliveira.
Nessa sua primeira temporada de Leão ao peito fez apenas 6 jogos, ajudando o Sporting a fechar o seu primeiro tri-campeonato, naquele que foi o ano de despedida dos famosos Cinco Violinos com o abandono de Peyroteo. Na época seguinte aproveitou uma lesão de Manecas, que já estava no ocaso da sua carreira, para ganhar um lugar na defesa leonina. Foi capitão da formação leonina que alcançou o primeiro tetra-campeonato da história do futebol português, o único da história do clube de Alvalade. Foi também o primeiro capitão dos leões nas competições europeias, numa partida realizada a 4 de setembro de 1955, no Estádio Nacional do Jamor, que terminou com um empate a três bolas diante o Partizan de Belgrado.
Tinha 35 anos quando em 1957 encerrou a sua carreira, com 226 jogos oficiais realizados ao serviço da equipa principal do Sporting, nos quais marcou 1 golo, deixando a sua marca de profissional exemplar e por todos respeitado. Manuel Passos viria a falecer a 10 de janeiro de 1980 e em 2002 fora distinguido com o Prémio Stromp na categoria Saudade.