“No jogo de amanhã [sexta-feira], à parte do favoritismo natural [de Portugal], que tem o contexto de já estar apurado e de com o empate ser o primeiro do grupo, só ganhando poderemos passar. Esse é o desafio desafiante, bonito e que nos irá por à prova. Os jogadores vão fazer de tudo até à última. Um objetivo [de passar aos oitavos] que já o era antes começar o Mundial”, começou por dizer Paulo Bento, aos jornalistas.
O antigo selecionador de Portugal – treinou a equipa das ‘quinas’ entre 2010 e 2014 – falava à comunicação social em conferência de imprensa de antevisão ao encontro com Portugal, realizada no Centro Nacional de Congressos do Qatar, em Doha.
O timoneiro dos sul-coreanos foi expulso na derrota contra o Gana (3-2), na segunda ronda, pelo que irá estar ausente do ‘banco’ no Estádio Education City, algo que não irá influenciar em nada, visto que a sua equipa técnica tem autonomia para tomar as decisões por si.
“São gente que trabalha comigo há muito tempo, está envolvida em todo processo, gente competente, preparada e que vão, seguramente, fazer tudo o que estiver ao alcance deles. Terão autonomia e muitas das decisões que tomo durante o jogo são decisões que partem deles para mim. Vão continuar a fazer da mesma maneira. Os jogadores estão identificados com isso também”, esclareceu.
Bento garantiu que, tendo “um orgulho tremendo" em ser português, irá cantar o hino de Portugal na bancada, algo que é “perfeitamente normal que aconteça”.
Questionado sobre se é melhor ser jogador ou selecionador num Campeonato do Mundo, Paulo Bento não tem duvidas e admitiu ainda que não imaginava comandar duas seleções diferentes em dois Mundiais na carreira.
“Não tenho a mínima dúvida. Não venham para aqui [este cargo] tão cedo. Só nos tira anos de vida, mais nada. E faz-nos aturar gente que não queremos. Que joguem, que joguem. Não imaginava que iria estar em dois Mundiais como selecionador de diferentes países. Desfrutei ambos de muito, mas mais agora do que em 2014 [com Portugal]. Só se pode encarar isto a desfrutar ao máximo”, confessou.
Também o defesa central Kim Young-gwon também marcou presença na conferência para falar do capitão da seleção lusa Cristiano Ronaldo, embora a prioridade dos asiáticos passe por “colocar em campo a paixão” evidenciada nos dois primeiros jogos.
“É um jogador de altíssima qualidade, de nível mundial, mas para poder fazer frente acredito que temos excelentes jogadores. Enquanto equipa, faremos os possíveis para defendermos e jogarmos unidos. Iremos aplicar o nosso plano”, explicou.
Na sexta-feira, Portugal defronta a Coreia do Sul, a partir das 18h00 locais (15h00 em Lisboa), no Estádio Education City, em Doha, em jogo da terceira jornada do Grupo H do Mundial2022, que decorre até 18 de dezembro, no Qatar.
A equipa das ‘quinas’, que assegurou a qualificação para os oitavos de final com o triunfo sobre o Uruguai (2-0), lidera o grupo, com seis pontos, mais três do que o Gana, segundo, e mais cinco face a sul-coreanos, treinados por Paulo Bento, e uruguaios, que, à mesma a hora, defrontam os ganeses.