Após o toque que causou a desistência da equipa do Porsche 997 GT3 da segunda prova do Troféu da AMAK 2016, a Rampa da Ribeira Brava, a equipa foi à procura de respostas.
Depois de analisados os vídeos, saltou à vista o facto do Porsche escorregar de traseira mais do que o normal, até por comparação com os outros Porsches em prova.
Após uma análise mais detalhada da mecânica do Porsche, foi detectado pelo responsável pela preparação do carro, Carlos Ornelas, que o autoblocante estava com excesso de carga (cerca de 26 kg).
A equipa relatou à RTP estranhar este valor, referindo mesmo ser um valor de carga anormal que nem é possível de ser introduzido (pré-carga).
Com tamanha carga o carro fica sujeito a reações mais bruscas ao toque no acelerador e mais susceptível a escorregar rapidamente de traseira.
A equipa contactou a Sports & You que confirmou o problema face ao cenário descrito e dados apresentados.
Após esta rampa a equipa de Gil Freitas continua a luta contra o tempo, agora na tentativa de colocar o Porsche pronto a competir e seguir viagem para o Porto Santo.
Em jeito de curiosidade aqui fica a designação e função de um autoblocante: “Componente mecânico incorporado no diferencial que diminui a possibilidade de uma das rodas começar a patinar. Ou seja, se uma das rodas motrizes começa a patinar, o autoblocante contraria o funcionamento normal de um diferencial, levando a que a potência disponível seja retirada dessa roda e fornecida à roda com boa aderência.”