"Lionel Messi é sem dúvida o número um do futebol, o capitão da seleção argentina que venceu o Campeonato do Mundo, e por isso mesmo deve pedir desculpas em nome da seleção argentina por causa da canção que ele e os seus companheiros cantavam, a insultar-nos, jornalistas", lançou através de comunicado Gianni Merlo, o italiano que preside a entidade.
Segundo a AIPS, após a conquista do troféu, frente à França, após penáltis, os jogadores argentinos não pararam na zona mista do estádio Lusail para prestar declarações aos jornalistas, como estipulado, e depois de uma hora de espera, passaram a entoar vários cânticos, um dos quais ofensivo para os profissionais dos media.
"Ele [Messi] pode ser um bilionário elogiado, mas tem de respeitar aqueles que também contribuíram, com o seu entusiasmo e sem interesse próprio, para criar o seu mito", considerou Merlo, acrescentando que, "além de serem grandes jogadores, [os argentinos] devem também ser exemplos na vida, porque enriqueceram graças a todos".
E reforçou: "Foi bom vê-lo em campo com a família, todos se alegraram com ele. Mas agora, o que pensaria o público e os familiares dos jornalistas, que já foram descritos como ‘jornalistas de m…’ por personagens que às vezes têm comportamentos duvidosos na fronteira da lei".
De acordo com Gianni Merlo, "entre os jogadores também havia dirigentes da federação argentina a cantar", algo que se afigura ainda mais grave, na sua opinião.
"Esperamos que alguns deles percebam a ofensa cometida e peçam desculpas", concluiu o jornalista do La Gazzetta dello Sport.
O Mundial de 2022 terminou no domingo com a vitória da Argentina sobre a França, no desempate por penáltis, tendo contado com a presença de 32 seleções, entre as quais a de Portugal, que foi eliminada por Marrocos nos quartos de final.