Em comunicado, publicado na página do clube na rede social Facebook, o presidente, Celso Almeida, lembrou as promessas deixadas por Maniche na chegada do ex-internacional português ao emblema insular em agosto de 2017.
"A entrada de novo parceiro, português, figura do futebol nacional e internacional, que manifestava preocupações sociais e se apresentava com disponibilidade para a gestão desportiva e investimento financeiro, para respeitar a grandeza da instituição, os seus ativos humanos, a sua verdadeira história e a da terra onde pela primeira vez se jogou futebol em Portugal", começou por referir.
Celso Almeida considera, no entanto, que os compromissos "não foram integralmente cumpridos", num percurso de "grande instabilidade e ausência", que "prejudicou o desempenho desportivo", culminando com uma "inédita descida de divisão".
"A situação tornou-se de tal modo insustentável, que a Associação Desportiva da Camacha, formalmente, invocou, expressamente, o incumprimento contratual, optando por não tornar pública essa decisão apenas para proteger a equipa de futebol sénior, evitando que se agravasse o ambiente de instabilidade", continuou a referir o presidente do clube.
A viver um dos dias "mais tristes da história" do clube, Celso Almeida encerra o comunicado pedindo aos sócios e simpatizantes um momento de reflexão e que todos os "que vivem a instituição, a freguesia e o concelho" têm de se envolver a "pensar no futuro".
A AD Camacha, clube que já teve Leonardo Jardim, agora no Mónaco, no comando técnico entre 2003/04 e 2007/08, viu consumada no passado domingo a descida à Divisão de Honra, após ter perdido, por 3-1, no terreno do Coimbrões, ocupando o 13.º lugar da série B, com 34 pontos.
Maniche foi apresentado como parceiro da equipa madeirense em agosto de 2017, com a ideia da constituição de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD), na qual o antigo jogador de clubes como FC Porto, Sporting e Benfica seria o futuro presidente.
C/ LUSA