Os jornais, revistas e outras publicações periódicas perderam 28% de circulação total em 2016 face ao ano anterior, registando-se também uma quebra de 17,6% nos exemplares vendidos, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em relação a 2015, verificaram-se, contudo, diminuições no número de publicações (2,7%), de edições (3,4%), na tiragem (22,3%), na circulação total (28,0%), nos exemplares vendidos (17,6%) e nos oferecidos (27,5%), acrescenta aquela entidade.
Os jornais representavam 34,9% do total de publicações, concentrando 76% do número de edições, 74,1% da tiragem total, 74,9% da circulação total e 73% dos exemplares vendidos.
Por seu lado, as revistas correspondiam a 48,6% dos títulos, 18,9% das edições, 23,6% da tiragem total, 22,1% da circulação total e 25,5% da circulação paga.
Enquanto os jornais venderam 58,4% dos exemplares em circulação, as revistas foram responsáveis pela circulação paga de 68,9% dos exemplares.
Aludido ao suporte, a maior parte (61,1%) das publicações periódicas em causa saiu em papel estando em simultâneo no meio digital (38,9%).
O INE destaca que "este tipo de suporte de difusão [digital] tem vindo a ganhar uma importância crescente", passando de uma representatividade de 19,4% em 2007 para 30,7% em 2011 e para 38% em 2015.
A nível geográfico, a circulação paga teve maior expressão nas publicações periódicas sediadas nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira (87,7% e 87,0% respetivamente), seguindo-se o Alentejo (82,4%) e o Norte (81,5%).
Já no Algarve e na área metropolitana de Lisboa registou-se uma maior proporção de exemplares em circulação oferecidos (59,2% e 46,8%, respetivamente), indicam os mesmos dados.
Segundo o INE, no ano passado 55% da população residente no país (dos 18 aos 69 anos) leu jornais ou revistas, em papel ou na internet.
Quanto aos gastos anuais em jornais, livros e artigos de papelaria, o valor rondou os 190 euros por agregado familiar em 2016.
Também neste ano, os preços dos jornais evoluíram 4,6%.
O setor das atividades culturais e criativas empregava 81,7 mil pessoas no ano passado, menos 4,1% do que no ano anterior.
Os autores, jornalistas e linguistas representavam 9,8% do total.
LUSA