Humberto Vasconcelos explicou que a quantidade de vinho Madeira exportada para a Rússia implicou, por outro lado, um aumento de 28% da receita, que foi de 90 mil euros.
O responsável divulgou estes dados hoje, no Funchal, na sequência da apresentação do livro "O vinho dos Czares", da autoria do jornalista José Milhazes e da sua mulher, Sirri Milhazes, que decorreu no Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira.
"Nós queremos divulgar mais o vinho Madeira neste país e tentar que haja mais consumo", afirmou Humberto Vasconcelos, realçando que as ações de divulgação serão programadas no decurso deste ano e vão incidir em "zonas nicho", tendo em conta a grande dimensão do mercado russo.
José Milhazes explicou, por seu lado, que um dos objetivos do livro, cuja edição é bilingue, foi precisamente o de lembrar aos madeirenses e aos russos que o vinho da Madeira foi um dos vinhos "mais famosos" na Rússia, nomeadamente na corte, havendo dele também inúmeras referências nos clássicos da literatura, como Leão Tolstoi.
"Durante a época comunista, depois de 1917, deixou de se comprar vinho da Madeira e passou-se a comprar só depois do 25 de Abril e em quantidades muito pequenas", disse o jornalista, que durante muitos anos foi correspondente de televisões portuguesas naquele país.
José Milhazes sublinhou que, atualmente, o vinho Madeira está a "regressar à Rússia" de duas formas: devido ao empenho dos exportadores madeirenses e ao número crescente de turistas russos que visitam a região autónoma.
LUSA