O telescópio solar PoET, cuja construção da cúpula deverá iniciar-se ainda este ano, ficará instalado no Observatório do Paranal, permitindo obter dados sobre o Sol que “nenhum outro telescópio consegue obter”.
Segundo um comunicado do IA, que lidera cientificamente o projeto, o Sol pode ser usado como exemplo para “identificar e compreender melhor as fontes do ruído que afetam os dados obtidos para outras estrelas do tipo solar” e que limitam “bastante a procura e caracterização” de planetas fora do Sistema Solar semelhantes à Terra (nomeadamente em termos de tamanho e composição).
O PoET (Paranal solar Espresso Telescope, Telescópio Solar do Espresso no Paranal) irá injetar a luz do Sol no espetrógrafo Espresso, instrumento montado no telescópio VLT que visa detetar planetas parecidos com a Terra, capazes de suportar vida (tal como se conhece).
Atualmente, o PoET encontra-se em fase final de conceção, estando a sua instalação no Chile prevista para antes do verão de 2025.
O Observatório do Paranal é gerido pelo Observatório Europeu do Sul (OES), organização astronómica da qual Portugal faz parte.
A instalação do PoET no Observatório do Paranal, que agrega outros telescópios, foi protocolada entre o OES e o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, que acolhe o polo do Porto do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
Lusa