A recusa de uma missão de acompanhamento a um navio russo da Marinha Portuguesa, na Madeira, levantou uma enorme polémica em torno da guarnição do NRP Mondego e na própria Marinha Portuguesa.
Cinco dias depois da sua passagem em águas internacionais junto do Arquipélago da Madeira, o chefe do Estado Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, revelou que o barco em questão seria um navio de espionagem russa com o objetivo de retirar informações sobre os cabos submarinos. Naquilo que o Almirante Gouveia e Melo classificou como uma “ameaça” na realidade militar.
O navio em questão é o Akademik Tryoshnikov, um quebra-gelo lançado em 2012 construído pela Admiralty Shipyard. O navio tem o volume interno total de 12,711 toneladas, cerca de 134 metros comprimento e conta com três motores Wärtsilä. Com capacidade para transportar 80 pessoas e com uma tripulação de 60 elementos, o navio russo fabricado em São Petersburgo teve a sua última reparação em 2021.
O Akademik Tryoshnikov tem como destino a Cidade do Cabo, na África do Sul e, neste momento, está a passar a várias milhas da costa de Serra Leoa.