“Como parte de uma viagem à área da operação militar especial, Shoigu realizou inspeções a locais de infraestruturas já reconstruídas, bem como a novos locais de construção em Mariupol”, disseram os militares russos num comunicado, citado pela agência francesa AFP.
O exército russo não especificou a data da visita de Shoigu a Mariupol, uma cidade portuária do sudeste da Ucrânia pertencente à região de Donetsk, que a Rússia anexou em 30 de setembro do ano passado, juntamente com Lugansk, Kherson e Zaporijia.
Shoigu visitou um centro médico, um centro de salvamento e uma nova área residencial com 12 edifícios, disse o exército no comunicado.
Também lhe foi apresentado um relatório sobre a construção de um aqueduto para ligar a região de Donetsk à região russa de Rostov.
O exército russo tem a seu cargo a reconstrução importante nos territórios ucranianos anexados desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022.
A Rússia já tinha anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.
A Ucrânia e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nos cinco territórios anexados.
Mariupol foi devastada na primavera de 2022, durante um cerco liderado pelo exército russo contra soldados ucranianos, que estiveram entrincheirados durante várias semanas no enorme complexo fabril Azovstal.
A visita de Shoigu ocorreu numa altura em que prosseguem os combates por Bakhmut, na região de Donetsk, uma localidade de valor estratégico limitado, mas que se tornou um símbolo porque os dois lados lutam pelo seu controlo há vários meses.
No final de dezembro, Shoigu fez duas visitas à área da “operação militar especial”, o nome dado por Moscovo à sua guerra contra a Ucrânia.
O porto estratégico de Mariupol foi conquistado pelas forças russas em maio, após mais de dois meses de um cerco que devastou grande parte da cidade, com a destruição de muitos edifícios de apartamentos, escolas e lojas.
Antes da guerra, a cidade construída na margem do Mar de Azov tinha uma população de mais de 400.000 habitantes, mas muitos residentes fugiram dos combates.
O Governo russo apresentou um plano, no verão, para reconstruir Mariupol em três anos, um objetivo que parece ambicioso dada a escala da destruição, segundo a AFP.
Em dezembro, a equipa do opositor russo preso Alexei Navalny publicou uma investigação em que acusou funcionários do Ministério da Defesa russo de desvio de fundos no trabalho de reconstrução de Mariupol.