“Houve uma transformação muito importante” ao longo dos anos, começando com “as low cost e as OTA, principalmente a Booking”, começou por contextualizar Dionísio Pestana, que falava hoje na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
“Com a transparência de preço e o preço dinâmico, o operador tradicional pré-covid foi morrendo”, afirmou o presidente do Grupo Pestana, destacando “grandes falências como a da Thomas Cook”.
Dionísio Pestana, que falava no stand da Madeira, num painel com Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, sublinhou que a pandemia de covid-19 “trouxe-nos o melhor e o pior das nossas vidas”.
O operação de hotelaria do Grupo Pestana teve prejuízo “pela primeira vez em 50 anos de história” em 2020 e em 2021, mas “logo em 2022 tivemos o nosso melhor ano de sempre”, afirmou Dionísio Pestana.
“Quando o mercado retomou depois de dois anos parados, o modelo de negócio mudou”. Das reservas que recebe “um terço são operadores e dois terços são clientes directos”, frisou o executivo.
Esta mudança está associada à aposta da Madeira nas companhias aéreas low cost, que Dionísio Pestana elogia e diz que “abriram um mundo”.
“No mês de Março as companhias aéreas com mais voos para a Madeira são a easyJet com 24%, a TAP com 22% e a Ryanair com 16%”, indicou o executivo.