O jornal Público noticia hoje que faltam pedopsiquiatras e outros técnicos no SNS e que há hospitais em que o tempo de espera para uma consulta ascende a 200 dias e são precisas mais camas de internamento.
Questionado sobre esta situação à margem de uma visita ao serviço de urgência do Hospital Fernando Fonseca, que serve os concelhos de Amadora e Sintra, Manuel Pizarro assegurou que estão a trabalhar para alargar o atendimento às questões de saúde mental, mas esclareceu que estes problemas não são só tratados por especialistas em psiquiatria da infância e da adolescência.
O ministro adiantou que estes especialistas “são necessários, felizmente, apenas para os casos mais graves e mais complexos, havendo “muitos outros casos que podem ser tratados pelos médicos de família, pelos psicólogos nos centros de saúde, que é preciso aumentar mais, e por outros profissionais de saúde.
“Felizmente a maior parte dos casos não precisam da intervenção de um médico dessa especialidade, porque esse sim é um constrangimento”, disse, reconhecendo que têm “médicos de pedopsiquiatria a menos no Serviço Nacional de Saúde em relação às necessidades”.
Manuel Pizarro referiu que estão a formar mais médicos, mas têm que fazer ao mesmo tempo formação e ter capacidade de atração desses médicos, havendo algumas regiões do país que têm carências mais significativas.
Salientou ainda que estão “a aumentar muito” as equipas de saúde mental comunitária, adiantando que, através do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), foram criadas 10 novas equipas em 2022 e vão ser criadas mais 10 este ano.
Por outro lado, disse, estão a aumentar o recrutamento de psicólogos que “não é ainda suficiente”, apesar de nos últimos três anos terem entrado 90 psicólogos para os centros de saúde e nos últimos seis anos terem sido admitidos 1.000 psicólogos nas escolas.
“Isso significa que nós estamos atentos a este problema e à necessidade de dar uma resposta” nesta área, rematou Manuel Pizarro.
Lusa