Os promotores da iniciativa, divulgada num comunicado partilhado em simultâneo nos sítios das federações das modalidades de pavilhão na Internet, alertam num vídeo para “um dos fenómenos mais desprezíveis da sociedade e que igualmente se pode manifestar no desporto”.
Nas jornadas das principais competições de andebol, basquetebol, futsal, hóquei em patins e voleibol, que se realizam este fim de semana, os atletas, treinadores, árbitros e clubes vão associar-se a esta iniciativa publicitando a mensagem de combate e denúncia ao assédio.
Esta iniciativa é ainda extensível ao jogo da seleção feminina de futebol com a Nova Zelândia, em 17 de fevereiro, inserido na preparação para o play-off intercontinental de acesso ao Mundial.
"A Federação de Andebol de Portugal (FAP) estará sempre na primeira linha na luta contra as várias formas de assédio no desporto”, referiu o presidente do organismo.
Para Miguel Laranjeiro, a atividade desportiva deve ser sempre “um espaço de liberdade e de crescimento pessoal”, livre de qualquer “forma de assédio”, pelo que apela a todos que “lutem contra esta prática”, denunciando-a.
“O assédio no desporto não cabe em nenhuma convocatória. Porque o desporto só pode ser uma atividade digna, desfrutada sem constrangimentos, sem medos e em segurança”, considerou o presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), Manuel Francisco Fernandes.
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) defendeu também que “o assédio não pode ter lugar no desporto” e que o organismo que dirige “adotou políticas e procedimentos destinados a prevenir e sancionar” tais práticas.
“Fê-lo não apenas com a criação de regulamentação, mas também através da promoção da denúncia, incluindo anónima, da cooperação com os órgãos de justiça criminal competentes e da educação junto dos agentes desportivos”, acrescentou Fernando Gomes.
O líder da Federação de Patinagem de Portugal (FPP) afirmou que “o desporto é um dos mais relevantes fenómenos sociais da atualidade” e “por isso, e pela sua força comunicacional, é necessário insistir em valores educacionais”.
“É tempo de o desporto servir causas e funcionar verdadeiramente de e para as pessoas. Esta campanha é um momento positivo do desporto”, adiantou Luís Sénica.
Para o presidente da Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) "é com total determinação, empenho e motivação” que esta organização se associa a esta campanha de “prevenção contra o assédio sexual em contexto de desporto”.
“A FPV consciente que, esta não é uma realidade distante e que o reconhecimento do problema deve ser transversal a todas as idades e a todos os setores da nossa sociedade, nos quais se insere o desporto, adere a esta iniciativa, em prol da prevenção e combate a este flagelo, na tentativa de garantir um ambiente seguro para todos os nossos atletas e agentes desportivos”, referiu Vicente Araújo.