“É com profunda tristeza que a Puig anuncia a morte de Paco Rabanne”, segundo um comunicado, que confirma uma informação avançada pelo jornal regional Télégramme.
Nascido em 18 de fevereiro de 1934 na cidade espanhola de Pasajes, no País Basco, Francisco Rabaneda y Cuervo, seu verdadeiro nome, acabou por fazer carreira como costureiro e criador de perfumes, principalmente em França.
No final dos anos 1960, teve início a colaboração entre o ‘designer’ e a empresa de moda e beleza Puig, que finalmente adquiriu em 1986.
Juntamente com os membros da segunda geração desta empresa familiar, “foi selada uma aliança leal com um desenhador capaz de transmitir paixão e rebelião juvenil em fragrâncias de sucesso”, afirmaram no comunicado.
"A Paco Rabanne tornou a transgressão magnética", disse José Manuel Albesa, presidente da divisão de Beleza e Moda da Puig, que deixa ainda a questão: “Quem mais poderia induzir as elegantes mulheres parisienses a clamar por vestidos feitos de plástico e metal? Quem mais senão Paco Rabanne poderia imaginar uma fragrância chamada Calandre (que significa ‘grelha de carro’) e transformá-la num ícone da feminilidade moderna?”.
José Manuel Albesa sublinhou ainda que “esse espírito radical e rebelde [o] distingue: existe apenas um Rabanne”.
O responsável recordou também a “enorme influência na moda contemporânea, um espírito que perdura na ‘maison’ que leva o seu nome".
“Rabanne continuará a ser uma importante fonte de inspiração para as equipas de moda e fragrâncias” da empresa, confirmou o seu presidente executivo, Marc Puig.