Com o primeiro-ministro António Costa na bancada da Scandinavium Arena, que no final desceu ao recinto para distinguir António Areia como ‘homem do jogo’, Portugal conquistou um triunfo que lhe permite encarar com otimismo o jogo de domingo com a Suécia.
No segundo jogo da lusofonia em Gotemburgo, depois de empatar na quarta-feira com o Brasil (28-28), Portugal defrontou Cabo Verde, orientado pelo sérvio Ljubomir Obradovic, treinador do Avanca, e com 11 jogadores a atuar em clubes nacionais.
Após uma primeira parte em que falhou nas decisões, e que registou 14-12 ao intervalo, a seleção portuguesa realizou uma segunda parte imaculada, com um parcial de 21-11, a explorar bem os erros de Cabo Verde, que permitiu vencer por 35-23.
O inicio do jogo foi marcado por alguma inoperância ofensiva por parte da seleção portuguesa, muito por culpa da agressiva defesa cabo-verdiana, que rendeu as exclusões por dois minutos de Paulo Moreno, Bruno Landim e Décio Pina.
Depois de estar em desvantagem até aos 4-2, Portugal, apesar de acusar alguma ineficácia ofensiva e defensiva, passou para a liderança por 7-4 com um parcial de 5-0, com golos de Alexandre Cavalcanti, Diogo Branquinho, Pedro Portela (2) e Rui Silva.
A seleção cabo-verdiana, a recorrer ao sete contra seis, reagiu à diferença e, com um parcial de 3-0, tirou partido da falta de consistência do jogo dos portugueses para empatar aos 7-7, com um golo trabalhado pelo ponta Flávio Fortes.
Seguiram-se sucessivas igualdades, aos 8-8 e 9-9, até que Portugal, a melhorar as suas ações de jogo, abriu para uma vantagem de três, aos 12-9, com golos de Fábio Magalhães, António Areia, na conversão de um livre de sete metros, e Martim Costa.
Portugal falhou, de seguida, por mais do que uma vez, a oportunidade para dilatar ainda mais a vantagem, tendo Cabo Verde reduzido a diferença para apenas um golo, aos 13-12, que o pivô Luís Frade colocou em dois ao intervalo (14-12).
A segunda parte começou com duas defesas de Manuel Gaspar, dois golos de António Areia, na conversão de um livre de sete metros e na ponta, e de Rui Silva, que elevou a vantagem para cinco, aos 17-12, conferindo tranquilidade à equipa lusa.
A vantagem no marcador abriu para oito golos aos 23-15, com destaque para a eficácia de António Areia nos sete metros, e para 14 aos 30-16, com alguns remates certeiros sem o guarda-redes de Cabo Verde na baliza, durante o sete contra seis.
O encontro chegou ao fim com uma vitória expressiva de Portugal, que continua com aspirações a marcar presença nos quartos de final, situação que está dependente do último jogo com a seleção da Suécia, coanfitriã da prova e campeã europeia em título.
O ponta esquerdo António Areia, com nove golos em 10 remates, correspondendo a uma eficácia de 90%, foi o jogador em destaque na concretização, enquanto na seleção de Cabo Verde esse papel pertenceu a Délcio Pina, com seis em 12 tentativas.
Jogo na Scandinavium Arena, em Gotemburgo.
Cabo Verde – Portugal, 23-35.
Ao intervalo: 12-14.
Sob a arbitragem de Maike Merz e Tanja Kuttler (Alemanha) as equipas alinharam e marcaram:
– Cabo Verde (23): Edmilson Gonçalves, Edmilson Araújo (1), Leandro Semedo (3), Paulo Moreno, Nélson Pina (1), Bruno Landim (2) e Flávio Fortes (3). Jogaram ainda Délcio Pina (6), Ivo Santos (1), Rafael Andrade (2), Estaliny Furtado, Felisberto Landim (2), Gualther Furtado (2) e Luís Almeida (g.r.).
Treinador: Ljubomir Obradovic.
– Portugal (35): Miguel Espinha Ferreira (1), Diogo Branquinho (1), Francisco Costa (1), Miguel Martins, Aléxis Borges, André Gomes (2) e Pedro Portela (2). Jogaram ainda Victor Iturriza (5), Rui Silva (3), Leonel Fernandes (3), Alexandre Cavalcanti (1), António Areia (9), Martim Costa (1), Luís Frade (3), Fábio Magalhães (2) e Manuel Gaspar (1, g.r.).
Treinador: Paulo Pereira.
Assistência: 2.110 espetadores.