A taxa de risco de pobreza, que corresponde à proporção da população cujo rendimento equivalente se encontra abaixo da linha de pobreza, ou seja, dos 6 608 euros anuais, que corresponde a 60% do rendimento monetário líquido anual mediano por adulto equivalente para Portugal, calculada com a linha de pobreza nacional foi de 16,4% no País em 2021 (menos 2,0 pontos percentuais – p.p. – face a 2020), sendo que na RAM atinge 25,9% (+1,7 p.p. que em 2020). Por regiões NUTS II, o valor mais baixo foi registado na A.M. Lisboa (10,4%) e os mais elevados nas regiões autónomas dos Açores (25,1%) e da R.A. Madeira (25,9%).
A região do País com maior redução da taxa de risco de pobreza foi o Centro (-4,3 p.p.) e com maior aumento foi a R.A. Açores (+3,2 p.p.). De notar que 2021 foi um ano ainda marcado pela pandemia, que afetou principalmente as regiões mais turísticas. Com efeito, no Algarve, a taxa de risco de pobreza também aumentou em 2021 (+0,5 p.p.). No caso da RAM, de sublinhar ainda que este é o segundo valor mais baixo desde o início da série para esta variável (2017).
A taxa de risco de pobreza calculada com base nas linhas de pobreza regionais (ou seja, 5 712 euros no caso da RAM, que corresponde a 60% do rendimento monetário líquido anual mediano por adulto equivalente para a RAM) fixou-se em 17,6%, inferior em 0,6 p.p. face a 2020. Neste indicador, o Alentejo registou o valor mais baixo (14,0%), enquanto as Regiões Autónomas dos Açores e Madeira (17,6%, em ambas) surgem com a percentagem mais elevada.