O assessor jurídico da Casa Branca Richard Sauber disse, em comunicado, que foram encontradas seis páginas de documentos classificados durante uma busca à biblioteca privada do Presidente Joe Biden, datados do seu tempo como vice-presidente (2009-2017).
Anteriormente, a Casa Branca tinha dado conta de apenas uma página nessas circunstâncias.
“Os oficiais do Departamento de Justiça que me acompanhavam ficaram imediatamente na posse dos documentos”, informou o assessor.
Na noite de segunda-feira, Richard Sauber informou que, em novembro, foi descoberto um “pequeno número de documentos classificados” num “armário trancado” no Penn Biden Center, um grupo de pressão ligado à Universidade da Pensilvânia, entregue ao Arquivo Nacional, responsável por preservar esse tipo de material.
Biden manteve um escritório privado nessas instalações, situadas em Washington, depois de deixar a vice-presidência, em 2017, até pouco antes de lançar a sua campanha presidencial, em 2019.
A Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes, agora controlada pelos republicanos, abriu uma investigação sobre a matéria.
Os congressistas republicanos Jim Jordan — presidente da Comissão — e Mike Johnson escreveram uma carta ao procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, anunciando o início da investigação e solicitando documentos relacionados com o caso, incluindo relatórios do Departamento de Justiça, do FBI e da Casa Branca, e com a nomeação, pelo procurador-geral, de Robert Hur, ex-procurador dos Estados Unidos nomeado pelo ex-Presidente Donald Trump, como conselheiro especial para investigar o caso.
“Esperamos a vossa total cooperação”, apelaram os congressistas, solicitando que os materiais sejam enviados até 27 de janeiro.
A carta sublinha preocupações relacionadas com “transparência e responsabilidade por parte do mais alto poder executivo”.
Biden adiantou na terça-feira que desconhece o conteúdo dos documentos confidenciais.
“Os meus advogados não sugeriram que eu perguntasse sobre o que eram os documentos. Entregaram as caixas nos arquivos e estamos a cooperar plenamente”, salientou.