De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), o homem foi detido depois de o seu apartamento em Castrop-Rauxel, no oeste do país, na Renânia do Norte-Vestefália, ter sido revistado durante a noite para verificar a possível presença destas "substâncias tóxicas" necessárias para o ataque.
Apesar da detenção, os investigadores não encontraram "nenhuma prova" da presença destes produtos no local, disse à AFP o procurador de Dusseldorf, Holger Heming.
O ministro do Interior daquela região, Herbert Reul, explicou que as autoridades tinham recebido "indicações para serem levadas a sério", o que levou a polícia a "agir durante a noite".
De acordo com os jornais Spiegel e Süddeutsche Zeitung, citados pela AFP, foi o departamento de investigação criminal norte-americano (FBI) que avisou os serviços alemães, ainda durante a época do Natal.
O FBI tinha conseguido infiltrar-se num grupo da rede social Telegram, onde se dizia que o suspeito tinha inquirido primeiro sobre atentados à bomba, e depois sobre ataques com substâncias tóxicas, de acordo com o jornal Der Spiegel.
O homem, juntamente com uma segunda pessoa também presa durante a noite no mesmo local, que segundo os meios de comunicação alemães é o seu irmão, tinha planeado atacar na passagem de ano, mas faltavam-lhe os elementos para fabricar venenos de ricina e cianeto, acrescenta o periódico alemão.
Nesta fase, o principal detido continua a ser "suspeito de ter preparado um grave ato de violência que ameaça a segurança do Estado, obtendo cianeto e ricina com vista a cometer um ataque de natureza islamista", lê-se na declaração das autoridades alemãs.
A Alemanha tem sido alvo nos últimos anos de vários ataques de inspiração radical islâmica, incluindo um ataque de um camião num mercado de Natal, em dezembro de 2016, que matou 13 pessoas.