A União dos Sindicatos da Madeira (USAM) alertou hoje para o facto de a proposta de decreto-legislativo para um acréscimo de 2,3% ao salário mínimo nacional na região autónoma ainda não estar agendada no parlamento madeirense.
"A USAM critica a posição do Governo Regional em manter o silêncio e, por isso, perguntamos para quando o agendamento da discussão da proposta no parlamento, para aprovar essa esmola aos trabalhadores", disse Adolfo Freitas, coordenador da USAM, em conferência de imprensa junto à Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal.
O dirigente sindical lembrou que em dezembro de 2016 a Assembleia da República aprovou o aumento do salário mínimo nacional para 557 euros, ao passo que na Madeira o executivo anunciou, em fevereiro de 2017, que tinha enviado ao parlamento uma proposta para um acréscimo de 2,3% na região.
"Não é um valor com que a União de Sindicatos esteja de acordo, pois a nossa proposta era um acréscimo de 7%", disse Adolfo Freitas, sublinhando que na região autónoma existem condições para a um aumento desse nível, tendo em conta o crescimento do turismo e os seus efeitos em todos os outros sectores.
O coordenador da USAM classifica, por isso, o aumento proposto pelo executivo social-democrata de Miguel Albuquerque como uma "esmola" aos trabalhadores.
"O mais estranho é que passado todo este tempo, estamos em final de março, a esmola até hoje não foi agendada para discussão e aprovação na Assembleia Legislativa", lamentou.
LUSA