“Vários anos após o espoletar desta emergência, milhões de refugiados continuam a não ter meios para comprar três refeições diárias ou acesso a casa digna ou segura, além de enfrentarem obstáculos vários no acesso a cuidados de saúde ou a empregos que lhes permitam sustentar-se”, pode ler-se no comunicado hoje divulgado pela plataforma coliderada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Os fundos do plano agora anunciado (1,72 mil milhões de dólares ou cerca de 1,63 mil milhões de euros) visam responder a estas necessidades humanitárias, complementando e apoiando os esforços dos países anfitriões.
Em comunicado a R4V, referiu que o plano destina-se também a promover a integração económica e social, através do acesso a oportunidades de emprego, educação e regularização, bem como programas de bem estar social.
“Os refugiados e migrantes da Venezuela não podem ser esquecidos”, disse o representante especial da ACNUR e OIM, Eduardo Stein, citado no comunicado, salientando que milhões lutam para alimentar as suas famílias ou para ter uma oportunidade de reconstruir a sua vida.
“Estão desejosos em contribuir com os seus conhecimentos para as comunidades anfitriãs e têm tentado fazê-lo, mas precisam do nosso apoio para ultrapassar os desafios mais prementes”, precisou o mesmo responsável.
Mais de sete milhões de refugiados e migrantes venezuelanos deixaram o seu país em busca de segurança e estabilidade. A grande maioria, quase seis milhões de pessoas, vive em 17 países da América Latina e das Caraíbas.
Lusa