“O aumento tem-se verificado nos últimos tempos. Tem a ver com a situação bélica que se verifica a nível da Ucrânia. Essa situação tem levado a que haja um aumento da presença militar norte-americana. Isto é visível quer com mais aeronaves, mas também com mais militares a passarem pela base das Lajes”, afirmou o coordenador da USAH, Vítor Silva, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.
Em 2015 e 2016, mais de 400 trabalhadores portugueses da base das Lajes, localizada na ilha Terceira, assinaram rescisões por mútuo acordo, na sequência da redução do efetivo norte-americano de 650 para 165 militares.
Segundo o dirigente sindical, hoje o contingente norte-americano tem “mais 300” militares, mas mantém 450 trabalhadores portugueses, que têm, por isso, uma maior carga laboral.
“A informação que nós temos é que serão à volta de mais 300 norte-americanos e o esforço e o trabalho dos trabalhadores portugueses vai aumentar significativamente para fazer face a este aumento de norte-americanos, no entanto, não há uma atualização do contingente de trabalhadores portugueses”, afirmou.
Vítor Silva insistiu na necessidade de criação de um contingente mínimo de trabalhadores portugueses na base das Lajes, reivindicado pela USAH e pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços, Hotelaria e Turismo dos Açores, desde que se iniciou o processo de redução militar norte-americana.
“Defendemos o estabelecimento de um contingente mínimo de trabalhadores portugueses, na proporção de três trabalhadores portugueses por cada norte-americano, nunca podendo este contingente ser inferior a 450 trabalhadores”, apontou.