“Os sistemas de defesa aérea NASAMS e Aspide chegaram à Ucrânia! Estas armas irão fortalecer grandemente o exército ucraniano e tornar os nossos céus mais seguros”, disse Oleksiy Reznikov na rede social Twitter, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
“Vamos continuar a abater os inimigos que nos atacam. Graças aos nossos parceiros: Noruega, Espanha e os EUA”, acrescentou Reznikov, que publicou duas fotografias das novas armas, mas sem precisar quantas unidades foram entregues às forças de Kiev.
O NASAMS (sigla em inglês de Sistema Avançado de Mísseis Terra-Ar Norueguês ou Nacional) foi desenvolvido conjuntamente pela Noruega e pelos Estados Unidos.
Aspide designa um sistema de defesa antiaérea produzido em Itália e usado nas suas diferentes versões em duas dezenas de países, incluindo Espanha.
Os militares espanhóis deram instrução no sistema Aspide a militares ucranianos em outubro, na base aérea de Saragoça.
O Aspide proporcionará ao exército ucraniano uma capacidade operacional, bem como um efeito dissuasor, disse à agência espanhola EFE o coronel espanhol Carlos Forcano em 7 de outubro.
Outros países, como a Alemanha e a França, já forneceram sistemas antiaéreos a Kiev.
A Ucrânia tem vindo a pedir aos aliados ocidentais sistemas modernos para se defender dos bombardeamentos russos contra infraestruturas de eletricidade e água, que têm provocado cortes no abastecimento em várias regiões do país.
Esses ataques intensificaram-se no início de outubro, após uma explosão ter danificado a Ponte de Crimeia, que liga o território russo à península ucraniana anexada por Moscovo em 2014.
A Rússia atribuiu a explosão a um “ataque terrorista” levado a cabo pelos serviços secretos ucranianos, negado por Kiev.
A Ucrânia tem denunciado os ataques contra as suas infraestruturas de energia como uma campanha deliberada de Moscovo para fazer sofrer os ucranianos durante o inverno rigoroso que se aproxima.
Moscovo só admite atingir alvos militares.
Os aliados ocidentais de Kiev têm fornecido armamento ao país para enfrentar a invasão russa, o que permitiu às forças ucranianas o lançamento recente de uma contraofensiva.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, mergulhando a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As informações sobre a guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.