O ministro da Justiça, Anderson Torres, publicou na rede social Twitter que 158 bloqueios foram registados na manhã de hoje e que esse número “está diminuindo”.
A Polícia Rodoviária Federal informou, por sua vez, que 834 bloqueios, entre parciais e totais, foram controlados em todo o país desde o início das manifestações na noite de domingo e que o número de estados afetados caiu de 15 para 12.
Os protestos acontecem contra a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no domingo derrotou Jair Bolsonaro na segunda volta das eleições e tomará posse em 1 de janeiro de 2023.
Num vídeo divulgado nas suas redes sociais, Bolsonaro apelou ao “direito de ir e vir” com a libertação das rodovias e assim preservar a “legitimidade” do movimento que o apoia, embora os “bolsonaristas” estejam pedindo uma intervenção militar para reverter o resultado das urnas, o que é ilegal segundo a Constituição do Brasil.
Jair Bolsonaro evitou criticar outros protestos, como os que ocorreram na quarta-feira nas portas de dezenas de quartéis do país e nos quais os seus apoiantes exigiram também uma "intervenção militar" para impedir a posse de Lula da Silva.
O Presidente brasileiro, ignorando as exigências dos seus apoiantes, defendeu as marchas como "parte do jogo democrático".
O movimento dos camionistas perdeu força depois de Jair Bolsonaro reconhecer a sua derrota na terça-feira, após 44 horas de silêncio, e determinou a abertura do processo de transição com a equipa de Lula da Silva, prevista para hoje.
Com 100% dos votos contados, Luiz Inácio Lula da Silva venceu as presidenciais de domingo por uma margem estreita, recebendo 50,9% dos votos, contra 49,1% para Jair Bolsonaro, que procurava obter um novo mandato de quatro anos.