"Condenamos esses ataques nos termos mais fortes possíveis e lembramos que ataques indiscriminados contra civis inocentes constituem um crime de guerra", disseram os líderes num comunicado, após uma reunião de emergência, em formato virtual, com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Os chefes de Estado e de Governo do G7 também criticaram a “estratégia da Rússia de escalada deliberada, incluindo a mobilização parcial de reservistas e a retórica nuclear irresponsável, que põe em risco a paz e a segurança globais".
“Qualquer uso de armas químicas, biológicas ou nucleares pela Rússia terá sérias consequências", avisam os líderes do grupo das sete potências mundais (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).
O G7 também criticou a Bielorrússia, após o anúncio da criação de uma força militar conjunta com a Rússia, argumentando que se trata do "exemplo mais recente da cumplicidade" entre aqueles dois países na guerra contra a Ucrânia.
“Reiteramos o nosso apelo às autoridades bielorrussas para que parem de permitir a guerra de agressão russa, permitindo que as Forças Armadas russas usem o seu território”, disseram os líderes no comunicado.
O G7 garantiu ainda ao Presidente Zelensky "apoio financeiro, humanitário, militar e diplomático, pelo tempo que for necessário", acrescentando que aguardam “com interesse os resultados da Conferência Internacional de Peritos sobre a Recuperação, Reconstrução e Modernização da Ucrânia”, que se realiza em 25 de outubro.
Os líderes das sete potências mostraram-se ainda “profundamente preocupados” com os danos que, afirmam, a Rússia tem provocado nos gasodutos Nordstream, no Mar Báltico, e condenaram “qualquer interrupção deliberada” destas infraestruturas energéticas.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.221 civis mortos e 9.371 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.