O anúncio foi feito pelo vice-ministro de Gestão de Riscos e Proteção Civil da Venezuela, Carlos Pérez Ampueda, precisando que a última vítima foi uma mulher de 86 anos que morreu quinta-feira na sequência da queda de um muro devido às chuvas, no estado de Sucre (525 quilómetros a leste de Caracas).
Em declarações à televisão estatal venezuelana, Carlos Pérez Ampueda precisou que as chuvas das últimas 24 horas provocaram inundações em 22.000 casas, das quais 17 colapsaram total ou parcialmente.
Por outro lado, segundo o Centro Nacional de Emergência e Controlo de Desastres, 64 mil pessoas foram afetadas pelo mau tempo, que, além de inundações, ocasionou deslizamentos de terras, colapso das vias e falhas elétricas em Caracas e nos estados de Miranda, Carabobo e Falcón.
Na cidade de Caracas os fortes aguaceiros de quinta-feira, fizeram subir o nível de água do rio Guaire até quase ao desborde e em Cotiza (norte-centro da capital) a ribeira de Caraballo transbordou, gerando uma rápida torrente de água que impediu a população de circular pela rua.
O mau tempo provocou a queda de várias árvores, deixando dezenas de viaturas presas na Cota Mil, a autoestrada que une, pelo norte, o leste de Caracas com o centro da cidade.
Segundo as autoridades locais, o mau tempo afeta 23 dos 24 estados do país, com maior intensidade o Distrito Capital (Caracas) e os estados de Carabobo, Falcón, Trujillo, Bolívar e Guárico.
Durante uma videoconferência, transmitida pela televisão estatal, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, explicou que o mau tempo é ocasionado pela “Onda tropical 41”, que afeta 120 dos 335 municípios do país, de maneira “direta e forte”.
Por outro lado, precisou que no estado de Arágua (100 quilómetros a oeste de Caracas), as autoridades encerraram preventivamente a estrada a Choroní, e que mais de 3.500 funcionários de distintos organismos respondem a diversas situações.
Também que no estado de Trujillo, mais de 1.000 oficiais das Forças Armadas e da Proteção Civil prestam apoio 12 municípios afetados elas chuvas.
Durante uma videoconferência, o governador de Miranda, Héctor Rodríguez, explicou que os deslizamentos de terra e queda de árvores afetaram 26 estradas. O mau tempo também fez colapsar 11 casas, cinco delas na totalidade, e cinco muros.
No estado de Falcón, 115 casas foram inundadas e 14 municípios estiveram incomunicáveis por via terrestre.
Segundo as autoridades venezuelanas, até ao fim da época de chuvas na Venezuela, que começou em maio e terminará em novembro, estão previstas “outras 24 tempestades tropicais”.