Durante uma conversa telefónica, o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, "condenaram juntos (…) nos termos mais fortes" a iniciativa da Coreia do Norte, que hoje disparou um míssil balístico que sobrevoou o Japão.
De acordo com um relato da Casa Branca, Biden aproveitou para reafirmar "o firme compromisso (dos Estados Unidos) de defender o Japão", e os dois líderes comprometeram-se a "continuar a coordenar uma resposta imediata e bilateral – ou trilateral, com a Coreia do Sul".
Horas antes, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, já tinha conversado com o seu homólogo japonês, Akiba Takeo, e com o diretor da agência de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Kim Sung-han, para discutir o episódio do disparo do míssil norte-coreano.
Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou hoje a “perigosa” manobra da Coreia do Norte, lembrando que estas práticas violam as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Condeno veementemente os perigosos e desestabilizadores testes de mísseis da Coreia do Norte", disse Stoltenberg, numa mensagem difundida nas redes sociais.
O secretário-geral da NATO pediu a Pyongyang que abandone o seu programa nuclear e se comprometa com a diplomacia, reafirmando a solidariedade dos aliados com o Japão e com a Coreia do Sul, principais vítimas da insegurança gerada pelo regime de Kim Jong-un.
Esta é a primeira vez em cinco anos que a Coreia do Norte lança um míssil balístico sobre o território japonês, cujo Governo emitiu um alerta à população das regiões de Hokkaido e Aomori, no norte do país, pedindo aos moradores para se protegerem.
Tóquio considera que as ações da Coreia do Norte "ameaçam a paz e a segurança do Japão, da região e da comunidade internacional e representam um sério desafio para toda a comunidade internacional".
Ao longo deste ano, a Coreia do Norte já testou cerca de 40 mísseis, em cerca de 20 lançamentos, enquanto Kim Jong-un se recusa a negociar o abandono do seu programa nuclear.