“Não foi por acaso que os responsáveis da ICF [federação internacional] nos deram os parabéns e nos disseram termos organizado o melhor mundial de maratonas da história. A capacidade da federação em produzir grandes eventos explica porque nos confiam tantas competições importantes e a impressionante moldura humana, incansável nestes quatro dias, fizeram o resto”, disse à Lusa o dirigente.
Federação, Clube Náutico de Ponte de Lima e autarquia minhota constituíram a “equipa perfeita” na criação de um Campeonato do Mundo que “foi capaz de surpreender até as mais elevadas expectativas dos dirigentes da Federação Internacional de Canoagem (ICF)”, nomeadamente o holandês Ruud Heijselaar, diretor das maratonas, e o presidente, o alemão Thomas Konietzko.
“Não nos foi apontada uma só falha e foi-nos dito que somos um exemplo a seguir em eventos futuros. A ajudar à festa, a generalidade das provas foi extremamente competitiva, com sucessivas regatas de mais de 20 quilómetros a serem discutidas ao sprint”, congratulou-se.
Ruud Heijselaar destacou “a fantástica capacidade de inovar e de saber fazer da federação portuguesa”, enquanto Thomas Konietzko salientou o “incrível apoio diário do público num acontecimento de excelência”.
Vitor Félix enalteceu ainda o “excelente desempenho desportivo de Portugal”, uma vez que a equipa liderada por Rui Câncio conquistou um recorde de sete medalhas, sendo três de ouro, uma de prata e três de bronze.
“O recorde, de seis, tinha sido estabelecido há 10 anos, em Roma, curiosamente da última vez que o Fernando Pimenta tinha feito maratonas. Voltou a ajudar-nos, contribuindo com dois ouros, a melhor homenagem à sua terra natal”, disse, recordando o K1 short race e o K2 com José Ramalho.
No medalheiro, que contou com somente 11 seleções no pódio das 36 em competição, Portugal ficou em terceiro lugar, apenas atrás da Hungria e da Espanha.
Fernando Pimenta conquistou o ouro em K2 com José Ramalho e na short race de K1, o mesmo metal conseguido pela júnior Beatriz Fernandes em C1 na distância longa, que também foi bronze na short race, aberta a todos os escalões etários.
José Ramalho, em K1, assegurou a única prata da seleção lusa que celebrou ainda o bronze dos juniores Ana Pereira e Joel Miranda, ambos em C1.
Os Mundiais de maratonas juntaram, de quinta-feira a domingo, em Ponte de Lima, 890 canoístas oriundos de 36 países.