Segundo fontes do Ministério das Infraestruturas ucraniano, reproduzidas pelo portal Ukrinform, até este domingo um total de 165 cargueiros com cereais saíram dos portos autorizados para fazer esse transporte.
O acordo para desbloquear as exportações de cereais e outros produtos foi assinado em julho passado, separadamente pela Rússia e pela Ucrânia, sob os auspícios das Nações Unidas e da Turquia, que supervisionam estes transportes.
Até ao início da invasão russa, a Ucrânia, um dos maiores produtores de cereais do mundo, exportava cerca de seis milhões de toneladas destes alimentos por mês.
O bloqueio dos transportes ameaçou precipitar uma crise alimentar à escala global.
Juntamente com os cereais transportados por via marítima, a Ucrânia conseguiu escoar em agosto três milhões de toneladas através de rotas terrestres para a União Europeia (UE), principalmente através da Polónia e da Roménia, destinadas tanto ao bloco europeu como a países terceiros.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou a fuga de mais de sete milhões de pessoas para fora do país e outros tantos deslocados internos, no que a ONU classifica como a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicassem precedentes.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.827 civis mortos e 8.421 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.