O “Bali Compact”, documento não vinculativo proposto pela Indonésia, que preside este ano ao G20, e detalha as medidas necessárias para atingir o objetivo de zero emissões, foi aprovado por todos os seus membros, disse o ministro da Energia indonésio, Arifin Tasrif.
“Os ministros de Energia do G20 enviaram um forte sinal ao mercado para que os atores políticos tomem medidas para fortalecer um ambiente favorável ao investimento (…) e permitir uma transição energética limpa, sustentável, equitativa e inclusiva, especialmente para os países em desenvolvimento”, afirmou o governante numa conferência de imprensa realizada através da internet.
Ainda que os detalhes do documento não tenham sido divulgados, os seus princípios visam criar as condições para estimular o investimento em energias não carbónicas, salientou ainda o ministro.
No entanto, o grupo não chegou a acordo sobre um comunicado final da reunião devido aos “desacordos entre países” que ocorreram na reunião de um dia que se realizou em Bali, na Indonésia, disse o responsável governamental, sem dar mais detalhes sobre o assunto.
Diversos ministros da Energia, entre outros o britânico e francês, iniciaram os seus discursos denunciando a invasão da Ucrânia pela Rússia, situação que desestabilizou o abastecimento energético e os mercados energéticos mundiais.
Uma fonte governamental, que não quis ser identificada, disse, entretanto, que a atual crise energética mostrou que os países do grupo “devem acelerar a transição para as energias descarbonizadas”, mas realçou que a presença da Rússia na reunião “não permitiu um consenso” para obter um comunicado final conjunto.
Responsáveis pelo Ambiente do G20, os principais países mais ricos e em desenvolvimento, reuniram-se hoje em Bali, na Indonésia, para conversarem sobre ação climática e o impacto global da guerra na Ucrânia.
A secretária de Estado da Ecologia, Bérangère Couillard, representou a França no encontro, o qual contou ainda com a presença dos ministros da Arábia Saudita, Rússia, Austrália, Índia e África do Sul, de diversos representantes da União Europeia, bem como dos Estados Unidos da América.
Lusa