De acordo com um estudo da Intrum, realizado a mais de 11 mil empresas, em 29 países, – das quais 333 são portuguesas, disse fonte da Intrum à Lusa -, 64% das empresas nacionais afirmam estar mais preocupadas do que nunca, com a capacidade dos seus clientes pagarem nos prazos, próximo da média europeia, de 62%.
A construção é o setor que lidera a preocupação com a capacidade de os clientes pagarem nos prazos, fixando-se nos 84%.
Segundo a análise divulgada, 57% dos inquiridos acredita que o risco de atraso/não pagamento vai continuar a aumentar, também próximo da média europeia (60%).
A Intrum assinala que nos últimos 12 meses, os incobráveis (13%) e os atrasos de pagamento (30%) prejudicaram o investimento das empresas em iniciativas de crescimento estratégico.
O mesmo estudo revela que a inflação (72%), o aumento das taxas de juro (65%) e a interrupção de cadeias de abastecimento (64%), são os grandes desafios apontados pelos gestores portugueses.
“Para estes inquiridos, estas problemáticas são as que mais desafiam a capacidade de os clientes pagarem dentro dos prazos estabelecidos”, refere.
Já três em cada dez das empresas portuguesas consideram que os seus créditos incobráveis aumentaram em relação a 2021, tendo sido as grandes empresas mais atingidas do que as PME, sendo a média europeia de 25%.
O estudo indica ainda que 71% das empresas, ao receberem os pagamentos dos seus clientes mais depressa, também pagariam mais rapidamente aos seus fornecedores, em linha com a Europa, cuja média se situa nos 70%.